Foi um dos ataques mais mortais dos últimos anos no maior país do Golfo Árabe, onde as tensões sectárias foram ampliadas por quase dois meses de ataques aéreos liderados por sauditas contra rebeldes xiitas houthis no vizinho Iêmen.
Mais de 150 pessoas estavam orando quando a enorme explosão atingiu a mesquita imã Ali, no bairro de Al-Qadeeh, disseram testemunhas. Um vídeo postado na Internet mostrou uma sala cheia de fumaça e poeira, com pessoas ensanguentadas gemendo de dor. Mais de 90 pessoas ficaram feridas, afirmou o ministro da Saúde saudita à televisão estatal.
"Nós estávamos na primeira parte das orações quando ouvimos a explosão", contou Kamal Jaafar à Reuters por telefone.
O Estado Islâmico (EI) disse em um comunicado que um de seus homens-bomba, identificado como Abu Ammar al-Najdi, realizou o ataque usando um cinto carregado de explosivos, que matou ou feriu 250 pessoas, segundo o grupo de monitoramento SITE, baseado nos Estados Unidos. O EI afirmou que não vai descansar até que os xiitas, classificos por eles como hereges, sejam expulsos da península arábica.
Autoridades sauditas disseram que o grupo está se esforçando para atacar o reino, que, como maior exportador de petróleo do mundo, berço do Islã e campeão da doutrina conservadora sunita, representa um importante aliado para os países ocidentais que lutam contra o Estado Islâmico.