Deputados rejeitam distritão como fórmula de sistema eleitoral
O
plenário da Câmara rejeitou, há pouco, com 267 votos, a adoção do
sistema eleitoral chamado distritão, fórmula em que seriam eleitos os
candidatos mais votados em cada estado ou município. A rejeição ocorreu
durante votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 182/2007, que
trata da reforma política. O placar marcou 210 votos a favor da medida e
5 abstenções.
Pelo texto do relator da PEC, deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ), a adoção do distritão seria para as eleições de
vereadores, deputados estaduais e federais. Se ele tivesse sido
aprovada, a medida acabaria o atual sistema eleitoral proporcional em
vigência no Brasil no pleito proporcional. A proposta do distritão vinha
sendo defendida pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e pela bancada do seu partido.
No encaminhamento da votação, o bloco
do PMDB recomendou o voto sim e foi seguido do DEM, Solidariedade e
PCdoB. Encaminharam contra o sistema o PT, PR, PSB, PDT, PPS, PV e PSOL.
Liberaram as bancadas o PSDB, PSB e PROS.
Com a rejeição do distritão, os
deputados iniciaram a discussão da última proposta do sistema eleitoral
que prevê que as eleições proporcionais seguissem o sistema distritão
misto. Alguns líderes pediram a retirada da votação do dispositivo,
alegando que o texto era “natimorto”.
Com isso, o presidente da Câmara
retirou o dispositivo de votação e anunciou que, com a rejeição das
propostas de mudanças do sistema eleitoral, permanecem as regras atuais
da proporcionalidade para as eleições de deputados federais, estaduais e
vereadores.