
A ideia é que, no começo, essa empresa
cobre das operadoras pelo carregamento dos canais digitais das três
redes. Posteriormente, poderiam ser lançados canais exclusivos para
assinantes – algo que já acontece a Globosat, a Turner e a Discovery
Communications.
A empresa se chama Newco e ainda não
saiu do papel. Em julho, Record, SBT e RedeTV! comunicaram ao Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a criação da joint venture
(associação entre diferentes empresas em uma nova empresa). As três
redes terão partes iguais, porém, a remuneração será de acordo com o
valor de cada uma delas estipulado pelas operadoras.
Segundo o site, as três redes pediram a
aprovação da sociedade em rito sumário, mais rápida, sem a análise
aprofundada de impacto no mercado. Entretanto, a Associação Brasileira
de Televisão por Assinatura (ABTA) e a Sky apresentaram contestações e
querem que o processo siga em rito ordinário. Caso isso aconteça, a
joint venture pode levar anos para ser aprovada. Como argumento para
fundamentar o pedido, a ABTA e da Sky dizem que a junção das três redes
pode acarretar no aumento dos preços das mensalidades de TV por
assinatura.
Essa argumentação se deve ao fato de
que, como explica a reportagem do site, Record, SBT e RedeTV! avaliam
que, juntas, terão mais força para cobrar das operadoras de TV paga.
Hoje, elas cedem de graça seus canais e consideram que isso não é justo,
uma vez que são responsáveis por cerca de 20% da audiência no cabo e no
DTH (TV paga via satélite).
No Cade, as redes argumentaram que a
nova empresa não acarretará uma “sobreposição horizontal” no mercado, já
que atuam em um mercado distinto do da Newco. São empresas de
radiodifusão, que vivem de publicidade, enquanto a nova empresa atuará
no segmento de TV paga.
Por questões legais, as três emissoras não podem se manifestar oficialmente à imprensa durante a tramitação do processo.
Extraída do MSN Notícias