Anualmente, o TCU analisa o Balanço Geral da União (BGU) e faz um parecer sobre as contas do governo
Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) concederam
nesta quarta-feira, 12, mais prazo para a presidente Dilma Rousseff
esclarecer, e se defender, de distorções nas contas de 2014 encontradas
pelos auditores do tribunal e pelo Ministério Público e que inicialmente
não faziam parte dos questionamentos do TCU. Com isso, a presidente
terá agora prazo adicional de 15 dias para responder. A proposta foi
encaminhada nesta tarde pelo ministro Augusto Nardes, relator do
processo de análise das contas de 2014 no TCU. “Dois novos elementos que
não foram contemplados no relatório inicial, em virtude de terem sido
apresentados pelo Ministério Público fora do prazo regimental. Devemos
agora realizar oitiva complementar à presidente Dilma Rousseff para que
caso entenda ser necessário pronuncie-se acerca desses dois novos
indícios de irregularidade”, disse Nardes. “Vamos fazer todos os
esforços para que o processo volte ao colegiado (de ministros) o mais
breve possível”, disse o relator. As novas questões foram levantadas
pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de
Contas, que atua junto ao TCU, e pelo ministro substituto André Luís de
Carvalho. Entre elas, constam questionamentos sobre a edição de decretos
presidenciais de abertura de crédito suplementar pelo Ministério do
Trabalho, no valor de R$ 9,2 bilhões, e omissões sobre os financiamentos
concedidos pelo BNDES a grandes empresas. Leia mais no Estadão.