quarta-feira, 25 de março de 2015

Mulher grávida do 3º filho anuncia doação de bebê em rede social


 
Uma jovem de 20 anos, que está grávida de cinco meses, anunciou em uma rede social que gostaria de doar a criança. A mulher, que não teve o nome divulgado, trabalha como diarista em Poconé, município a 104 km de Cuiabá, no Mato Grosso do Sul. A publicação foi feita no domingo (22) em um grupo destinado à venda de produtos usados do Facebook. Pelo telefone disponibilizado na internet, o site G1 conversou com a jovem. A mulher disse que, após o anúncio, "arrumou" uma pessoa interessada em ficar com a criança assim que ela nascesse. "Não quero ficar com o bebê porque não tenho condições de cuidar. Já tenho outros dois filhos que ficam comigo", disse ao G1. A jovem não deu mais detalhes sobre sua vida pessoal. Ainda em publicações feitas na internet, a jovem disse que descobriu a gravidez aos cinco meses e decidiu doar o filho e não abortar.
Adoção
O promotor que atua na Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, José Antônio Borges, a jovem não cometeu nenhum crime ao anunciar o interesse em doar o filho. "Esse tipo de doação não pode ser criminalizada. Crime é jogar no lixo", afirmou. José Antônio afirmou que a jovem deveria, sobretudo, receber acompanhamento psicológico durante a gravidez. Contudo, ela não poderá doar o filho sem o consentimento da Justiça. O promotor explicou que é comum mães manifestarem interesse em doar os bebês. Nestes casos, a gestação deve ser acompanhada e, após do nascimento, a criança deve ser levada para um abrigo. A adoção será concedida a uma pessoa que já estiver na fila dentro dos critérios legais. Parentes da mãe, menos os avós, também poderão adotar a criança. Criança fica bêbada e vai parar em hospital após restaurante servir sangria em vez de suco
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A publicação postada no Facebook, no último domingo, diz: "Procuro um casal para adotar um bebê. Estou grávida, não tenho condições de criá-lo. Se alguém se interessar, me ligue". Após a mensagem, a mulher deixou um número de telefone. Internautas questionaram o motivo pelo qual ela não queria o bebê e a resposta foi de que a criança atrapalharia a vida dela. Após alguém sugerir que ela cobrasse pensão do pai da criança, que a deixou após a descoberta da gravidez, a jovem disse que não iria passar a vida cuidando de criança por causa de dinheiro. "Não é por que o pai, é bem de situação que vou viver minha vida cuidando de criança por causa de uma mixaria de pensão", respondeu. O caso já chegou ao Conselho Tutelar do município. "Já entramos em contato com a mãe e iremos tomar providências", afirmou a conselheira Nilda Rodrigues Ferreira. Essa não é a primeira vez que a jovem recebe atendimento no Conselho. Os motivos dos acompanhamentos anteriores não foram informados.