“A esquerda do Brasil, os movimentos
sociais e os trabalhadores, tem uma proposta: Reforma Política, feita
por uma Assembleia Constituinte”, as palavras da dirigente do SINDASSE
(Assistente Social) Juliana Gabriele, que integra a Marcha Mundial das
Mulheres, foram ditas na manhã desta quarta-feira, dia 11/03, no
Auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), durante coletiva
de imprensa para ampliar a divulgação do Dia 13 de Março – Ato Nacional
em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Democracia e da
Reforma Política.
Juliana prosseguiu na defesa da Pauta de
luta: “Vamos às ruas em defesa da Petrobras, pela punição de corruptos e
corruptores, e por uma Reforma Política feita pela população
brasileira. Acreditamos que o financiamento privado de campanha é a raiz
da corrupção e só com uma reforma política, feita por uma assembleia
constituinte, podemos resolver este problema. A reforma não pode ser
feita por este Congresso que representa os empresários que financiam
suas campanhas. Projetos que tramitam no Congresso para flexibilizar os
direitos trabalhistas são prova disso. Direito se amplia, não vamos
retroceder nos direitos conquistados”.
O presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, convidou todos os movimentos
sociais e sindicais que ainda não se somaram a esta luta. “O dia 13 de
março entrará para a história de Sergipe e do Brasil. Militantes do
movimento sindical e social comporão uma frente de esquerda contra os
golpistas que lutam pelo retrocesso em nosso País. O lutador e a
lutadora social que não participarem da manifestação dos trabalhadores
perderão a chance de fazer história. O que nos une é a defesa
intransigente da democracia. O governo precisa mudar a mira do canhão na
direção daquelas elites que sempre lucraram com a exploração da classe
trabalhadora brasileira. Deve realizar a taxação das grandes fortunas ao
invés de MPs para retirar direitos dos trabalhadores”.
Gislene Reis, da direção Nacional do MST,
afirmou que os movimentos sociais vão às ruas mostrando sua força e
suas reivindicações. “O MOTU também aderiu ao ato do dia 13, ele não
está presente porque está em luta. O MST, a Liga Campesina também já
estão em luta… A pauta da Constituinte, da Reforma Política e da Defesa
da Petrobras unifica a luta dos movimentos sociais do Brasil”.
A representante da UNE e da União da
Juventude Socialista aposta que manifestação do dia 13 de março será
política e educativa, sinalizando que a informação e a reflexão é a
principal ferramenta dos manifestantes. “As redes sociais têm juntado
pessoas desinformadas que são usadas para apoiar este Golpe. A televisão
ataca a Petrobras todos os dias. É urgente lutar em defesa da
democracia e pela Democratização da mídia”.
O companheiro Ezequiel do MCP (Movimento
Camponês Popular) afirmou que esta luta envolve toda a população: “Os
trabalhadores do campo estão engajados porque a PETROBRAS é patrimônio
do povo Brasileiro, é responsável por boa parte do nosso PIB. Não vamos
ficar de braços cruzados”.
Ana Maria Guimarães do Levante Popular da
Juventude defendeu Constituinte e Reforma Política. “Fizemos um
plebiscito popular em todo o Brasil e 7,5 milhões de brasileiros
disseram que querem uma Reforma Política feita pelas mãos do povo. No
dia 13, o Levante ocupa as ruas de Sergipe para avançar e conquistar
esta pauta, ampliando a mobilização que acontece em todo o Brasil”.
João Victor Souza da União dos
Secundaristas de Sergipe (USES) e Edival Góes da CTB defenderam que a
manifestação cresça para além do movimento sindical e social, pois a
PETROBRAS é patrimônio do povo brasileiro, então todos devem ir às ruas
pelo Brasil.
Airton Sena, presidente do DCE da UNIT e
membro do Coletivo Quilombo, que luta por uma educação democrática e
popular, defendeu a Reforma Política. “Precisamos de maior representação
de mulheres nos espaços de poder. Corrupção se combate com Reforma
Política”.
Lídia Anjos assegurou a participação do
Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH). “Ir para as ruas em
defesa da PETROBRAS, contra as privatizações, para que o patrimônio do
povo continue nas mãos do povo é uma luta em defesa dos Direitos
Humanos. Não abrimos mão do Pré-sal porque sabemos que ele é importante
para financiar políticas étnico-raciais. A nossa juventude está sendo
exterminada, e esta juventude tem cor, tem raça, tem classe social,
então o 13 de março será um dia de luta importante para a política de
direitos humanos e ao futuro que queremos construir para o nosso País”.