quinta-feira, 12 de março de 2015

Sindicatos e movimento social vão às ruas para defender Petrobras e cobrar punição de corruptos



“A esquerda do Brasil, os movimentos sociais e os trabalhadores, tem uma proposta: Reforma Política, feita por uma Assembleia Constituinte”, as palavras da dirigente do SINDASSE (Assistente Social) Juliana Gabriele, que integra a Marcha Mundial das Mulheres, foram ditas na manhã desta quarta-feira, dia 11/03, no Auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), durante coletiva de imprensa para ampliar a divulgação do Dia 13 de Março – Ato Nacional em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Democracia e da Reforma Política.
Juliana prosseguiu na defesa da Pauta de luta: “Vamos às ruas em defesa da Petrobras, pela punição de corruptos e corruptores, e por uma Reforma Política feita pela população brasileira. Acreditamos que o financiamento privado de campanha é a raiz da corrupção e só com uma reforma política, feita por uma assembleia constituinte, podemos resolver este problema. A reforma não pode ser feita por este Congresso que representa os empresários que financiam suas campanhas. Projetos que tramitam no Congresso para flexibilizar os direitos trabalhistas são prova disso. Direito se amplia, não vamos retroceder nos direitos conquistados”.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, convidou todos os movimentos sociais e sindicais que ainda não se somaram a esta luta. “O dia 13 de março entrará para a história de Sergipe e do Brasil. Militantes do movimento sindical e social comporão uma frente de esquerda contra os golpistas que lutam pelo retrocesso em nosso País. O lutador e a lutadora social que não participarem da manifestação dos trabalhadores perderão a chance de fazer história. O que nos une é a defesa intransigente da democracia. O governo precisa mudar a mira do canhão na direção daquelas elites que sempre lucraram com a exploração da classe trabalhadora brasileira. Deve realizar a taxação das grandes fortunas ao invés de MPs para retirar direitos dos trabalhadores”.
Gislene Reis, da direção Nacional do MST, afirmou que os movimentos sociais vão às ruas mostrando sua força e suas reivindicações. “O MOTU também aderiu ao ato do dia 13, ele não está presente porque está em luta. O MST, a Liga Campesina também já estão em luta… A pauta da Constituinte, da Reforma Política e da Defesa da Petrobras unifica a luta dos movimentos sociais do Brasil”.
A representante da UNE e da União da Juventude Socialista aposta que manifestação do dia 13 de março será política e educativa, sinalizando que a informação e a reflexão é a principal ferramenta dos manifestantes. “As redes sociais têm juntado pessoas desinformadas que são usadas para apoiar este Golpe. A televisão ataca a Petrobras todos os dias. É urgente lutar em defesa da democracia e pela Democratização da mídia”.
O companheiro Ezequiel do MCP (Movimento Camponês Popular) afirmou que esta luta envolve toda a população: “Os trabalhadores do campo estão engajados porque a PETROBRAS é patrimônio do povo Brasileiro, é responsável por boa parte do nosso PIB. Não vamos ficar de braços cruzados”.
Ana Maria Guimarães do Levante Popular da Juventude defendeu Constituinte e Reforma Política. “Fizemos um plebiscito popular em todo o Brasil e 7,5 milhões de brasileiros disseram que querem uma Reforma Política feita pelas mãos do povo. No dia 13, o Levante ocupa as ruas de Sergipe para avançar e conquistar esta pauta, ampliando a mobilização que acontece em todo o Brasil”.
 João Victor Souza da União dos Secundaristas de Sergipe (USES) e Edival Góes da CTB defenderam que a manifestação cresça para além do movimento sindical e social, pois a PETROBRAS é patrimônio do povo brasileiro, então todos devem ir às ruas pelo Brasil.
Airton Sena, presidente do DCE da UNIT e membro do Coletivo Quilombo, que luta por uma educação democrática e popular, defendeu a Reforma Política. “Precisamos de maior representação de mulheres nos espaços de poder. Corrupção se combate com Reforma Política”.
Lídia Anjos assegurou a participação do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH). “Ir para as ruas em defesa da PETROBRAS, contra as privatizações, para que o patrimônio do povo continue nas mãos do povo é uma luta em defesa dos Direitos Humanos. Não abrimos mão do Pré-sal porque sabemos que ele é importante para financiar políticas étnico-raciais. A nossa juventude está sendo exterminada, e esta juventude tem cor, tem raça, tem classe social, então o 13 de março será um dia de luta importante para a política de direitos humanos e ao futuro que queremos construir para o nosso País”.