Está
sendo velado na capela do hospital Dom Pedro de Alcântara, o corpo do
advogado e jornalista, Hugo Navarro, que faleceu por volta de 23 horas
de domingo(29), no hospital Cardio Pulmonar, em Salvador, onde estava
internado, vítima de pneumonia. O enterro está marcado para 16 horas, no
cemitério Piedade.
Nascido em 29 de abril de 1929, Hugo estava a um mês de completar 86 anos.
Desde
o começo do ano passado a saúde começou a ficar bastante debilitada, de
acordo com informações transmitidas pelo filho, Dálvaro Neto. O
advogado estava internado há 90 dias, 30 em Feira e 60 em Salvador.
Hugo
não era dos que seguem à risca recomendações médicas. Por exemplo,
nunca parou de fumar. Nem de escrever sua coluna semanal, possivelmente a
parte mais esperada do semanário Folha do Norte, que pertence à
família. Na edição da última sexta-feira, 27 de março, lá está ela,
desta vez sob o título Feira e a Semana Santa. Que termina com a ironia
característica de muitos de seus textos. Ao se referir ao sábado de
Aleluia, ele conclui o texto dizendo que "comemorava-se, no final das
contas, a volta da licença para o pecado, que sob certos aspectos é
imprescindível fator da vida".
Ao
comentar sobre Hugo Navarro na manhã de hoje, um apresentador de
programa de uma rádio local, falou sobre como ele era uma referência no
tribunal do júri, atraindo os estudantes de Direito, estivesse na
acusação ou na defesa. "Eles iam aprender".
ATIVIDADE POLÍTICA
Hugo Navarro também foi vereador e deputado estadual.
Seu primeiro mandato na
Câmara Municipal (1963 a 1967, pela UDN) abrangeu o período da ditadura
militar, que pôs para fora o prefeito eleito Francisco Pinto. Entre 1969
e 70, exerceu o segundo mandato.
Retornou
ao parlamento na Assembleia Legislativa, como deputado estadual pelo
partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena), entre 1979 e
1983. Na eleição seguinte ficou como suplente, mas exerceu o mandato a
partir de 1986, já pelo PDS, partido que sucedeu a Arena na sustentação à
ditadura.
BACALHAU NÃO SAI
Um
dos blocos mais antigos da Micareta de Feira de Santana, o Bacalhau na
Vara foi fundado pela família Silva, que até hoje é responsável por ele.
Este ano, com a morte de um de seus principais componentes (e mais
ainda, pelo prolongado período de internação, que monopolizou as
atenções da família), o bloco não vai desfilar.