Menino de 5 anos foi espancado pela mãe e morreu(Foto: Reprodução/EPTV)
O menino de cinco anos que foi espancado pela própria mãe na cidade de Cristais Paulista, no interior de São Paulo,
não resistiu aos ferimentos e morreu. A criança, que teve morte
cerebral, foi enterrada na manhã desta segunda-feira (2) em um cemitério
de Campinas.
Adriano Henrique Jardim Ramos foi
agredido pela mãe, Jane Aparecida Jardim, 27 anos, após ter defecado na
roupa que vestia e na cama nesta última quinta-feira (26).
De acordo com a mãe do garoto, ela não
o levou à creche para que ele cuidasse do irmão mais novo enquanto ela
fazia os serviços de casa.
Em determinado momento, a mulher
percebeu que o garoto havia defecado em suas roupas e acabou se
irritando. “Ele tinha feito cocô na cama. Foi quando eu me estressei e
bati nele e acabei empurrando ele”, disse em entrevista ao G1 Ribeirão e
Franca. Segundo ela, a irritação foi motivada pelo fato de ela ter
lavado as cuecas do garoto no dia anterior.
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Criança teve morte cerebral e foi enterrada nesta segunda-feira (2)(Foto: Reprodução/EPTV)
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Durante seu depoimento, ela relatou
que agrediu a criança com um cinto e, apesar da surra, o garoto voltou a
brincar normalmente com o irmão e que só percebeu a gravidade dos
ferimentos quando colocou o menino para dormir depois do almoço.
De acordo com ela, a cabeça da criança
ficou inchada e diversos hematomas apareceram pelos braços, barrigas e
pernas. O menino foi socorrido com um quadro de traumatismo craniano, e
ficou internado na UTI em estado grave.
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Mãe do garoto confessou agressão e está presa(Foto: Reprodução/EPTV)
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Ele não resistiu aos ferimentos e teve
morte cerebral. A família de Adriano resolveu doar os órgãos do menino.
A mãe dele, que confessou o espancamento, foi presa e indiciada por
tentativa de homicídio.
“Era um menino alegre, estava sempre brincando”, lamentou um tio da criança, Rondinelli Ramos, em entrevista ao G1 Campinas.
Investigações
Em depoimento na delegacia, Jane
Aparecida Jardim disse que já usou cocaína, mas negou que estivesse sob
efeito de qualquer substância no momento da agressão.
Para a polícia, a mãe deve ter usado
outros objetos para agredir o garoto e não descarta a hipótese de que
episódios como esse já tenham ocorrido outras vezes, já que havia marcas
de queimaduras mais antigas. Também é investigada a possibilidade de
envolvimento de outra pessoa na agressão. A polícia aguarda, no
entanto, o laudo pericial.