DNA confirma que restos mortais são de Geovane: ‘Fora do normal’, diz pai
O
exame de DNA confirmou que o corpo localizado no Parque São Bartolomeu,
em Salvador, já carbonizado e em estado de decomposição, é sim do jovem
Geovane Mascarenhas de Santana, de 22 anos, que tinha desaparecido após
abordagem de policiais militares. A constatação foi obtida pelos
legistas do Instituto Médico Legal (IML) e divulgada nesta terça-feira
(19).
“Eles me
ligaram hoje pela manhã, o médico responsável me chamou, confirmou, me
deram satisfação. Eles programaram mandar o corpo para a liberação na
quinta-feira ou na sexta. Aí é que vou entrar com pedido dos papéis de
atestado de óbito. Queremos que seja enterrado no interior, em Serra
Preta. Eu conversei com o médico e ele disse que tem a possibilidade”,
disse o pai da vítima, Jurandy Silva de Santana. “A gente fica na dor. A
situação é fora do normal. Só Deus para confortar nosso coração”,
completou, ao ter a certeza de que o corpo é de seu filho.
A
Polícia Militar já tinha informado sobre a possibilidade do tronco
encontrado, assim como as mãos e a cabeça, serem do jovem desaparecido.
Inicialmente, o pai não acreditou, alegando que não tinha visto, por
exemplo, a tatuagem que o filho tinha abaixo do peito com seu nome.
Em
seguida, a SSP-BA garantiu que uma das mãos achadas era do rapaz, mas os
demais restos mortais, devido ao estado, só seriam confirmados via
exame de DNA. A Defensoria Pública da Bahia emitiu à SSP-BA recomendação
de que as partes dos corpos fossem comparadas com material genético dos
familiares do jovem sumido após abordagem de PMs.
Proteção
Jurandy
Silva de Santana, 40 anos, afirmou que pretende entrar com pedido de
proteção cautelar da pessoa que disponibilizou as imagens da câmera de
segurança que flagrou a operação policial.
“Ele me
ligou ontem, quando estava no Grupo Tortura Nunca Mais [no bairro dos
Barris]. Ele está com medo. Ele se mudou e tirou a mãe de lá. Disse que
estava observando carros passarem ‘devagarinho’ com pessoas olhando. Na
segunda [18], nós vamos até o Ministério Público. Vamos conversar e
pedir a proteção para ele”, afirmou