O primeiro-ministro britânico, David Cameron, substituiu 12 homens mais velhos do Governo, abrindo espaço às mulheres, na maior reforma já realizada no seu Gabinete.
Pensando nas eleições do próximo ano, as mudanças iniciadas nesta segunda-feira visam afastar o Partido Conservador da sua imagem «masculina, pálida e sem graça», segundo o editor de política da BBC News Norman Smith.O jornal britânico The Guardian considera que houve um «abate de ministros homens», enquanto o The Telegraph viu um «abate de homens brancos de meia idade». Já o Financial Times falou em promoção de «rostos novos e femininos».
O Partido Conservador, liderado pelo primeiro-ministro, está atrás do Partido Trabalhista nas sondagens eleitorais.
Entre os nomes já anunciados para o gabinete estão Nicky Morgan, a nova ministra da Educação, que é maratonista e mãe, e Liz Truss, de 38 anos, que ocupará a pasta do Mio Ambiente.
De acordo com os conservadores, a ideia da reforma é que sejam promovidos «rostos e vozes que representem melhor a Grã-Bretanha contemporânea».
Também devem integrar o Governo pessoas mais jovens e com «sotaques regionais».
Os novos ocupantes das pastas serão anunciados hoje.
Os trabalhistas chamaram à reforma «o massacre dos moderados».
Entre os que saíram está o ministro dos Negócios Estrangeiros, William Hague, que pediu a demissão e deve continuar no gabinete como líder da Câmara dos Comuns.
Hague será substituído pelo actual secretário de Defesa, Philip Hammond, que já disse que votaria pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia caso o governo não conseguisse mudanças em negociações futuras.
Outro «eurocéptico» que subirá com a reforma é o actual ministro da Educação, Michael Gove, que ficará responsável pela pasta dos Assuntos Parlamentares.
Gove também já disse que votaria pela saída da União Europeia se fosse realizado um referendo nas condições actuais.
