Por Andrey Kuzmin
MOSCOU (Reuters) - Pelo menos 20 pessoas
morreram e mais de 120 ficaram feridas nesta terça-feira quando uma composição
do metrô de Moscou descarrilou entre duas estações durante a hora de mais
movimento pela manhã, num dos piores acidentes no sistema de trens subterrâneos
nos últimos anos na cidade.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que está no Brasil para a cúpula das
grandes economias emergentes (Brics), ordenou uma investigação do acidente, que
provavelmente vai provocar novos questionamentos sobre a segurança dos
transportes no país. Não há suspeita de atentado de militantes, motivo de
dezenas de mortes no metrô de Moscou em outros anos.
Passageiros feridos eram levados para fora das estações em macas,
ensanguentados e com ataduras. Helicópteros transportavam para o hospital as
vítimas em estado mais grave. Os passageiros estavam em estado de choque ou
gritando quando levados para a superfície pelas equipes de socorro.
"Até o momento são 12 mortos", disse aos repórteres uma autoridade do
Ministério das Emergências no local.
Três vagões saíram dos trilhos de uma composição que trafegava a 70
quilômetros por hora entre as estações de Bulevar Slaviansky e Parque Pobedy por
volta de 8h35 (1h35 no horário de Brasília) em Moscou, que tem um dos metrôs
mais movimentados do mundo. Investigadores disseram que uma elevação repentina
na tensão elétrica pode ter provocado a parada do trem, fazendo com que diversos
vagões saíssem dos trilhos.
"Ele brecou muito de repente. As luzes se apagaram e havia muita fumaça",
contou um homem, com o nariz ensanguentado, em declaração à TV
Rossiya-24.
As equipes de resgate retiraram mais de 1.000 pessoas da área do acidente,
segundo o Ministério das Emergências.
O Comitê Investigativo indicou que houve 20 mortes e a agência russa de
notícias Itar-Tass informou, citando uma fonte no Ministério da Saúde, que 129
pessoas ficaram feridas, das quais 42 em estado grave.
(Reportagem adicional de Tatiana Ustinova)