sexta-feira, 2 de maio de 2014

Reajuste do Bolsa Família terá impacto de R$ 1,7 bi


O impacto nas contas públicas do reajuste em 10% no programa Bolsa Família, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, será de R$ 1,7 bilhão este ano. Em 2015, o valor sobe para R$ 2,7 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pela ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social), escalada para explicar o reajuste anunciado pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento pelo Dia do Trabalho.

A ministra disse que o deficit está previsto no Orçamento da pasta este ano, por isso não haverá cortes em outros setores para garantir o reajuste. Com o aumento, o benefício básico do programa vai subir de R$ 70 para R$ 77. O valor médio recebido pelas famílias com o reajuste sobe para R$ 167.  Segundo a ministra, ele era de R$ 94 quando Dilma assumiu o governo, em 2011.

O decreto da presidente Dilma ampliando o valor do Bolsa Família publicado hoje no "Diário Oficial" da União prevê que cada família do programa receba pelo menos R$ 77. Se os benefícios somados não atingirem esse valor, o governo vai completá-lo para que seja atingido. O decreto também aumenta de R$ 32 para R$ 35 o valor recebido para famílias com crianças e jovens até 15 anos.

A ministra disse que o valor de 10% foi calculado com base nos critérios utilizados pelo governo desde que o Bolsa Família foi criado, em 2003, com a referência de atualização de US$ 1,25 por dia/per capita o mesmo adotado para definir a linha de pobreza. "O Brasil sempre utilizou US$ 1,25. O critério de atualização é indicado internacionalmente, com a paridade de poder de compra do dólar", afirmou.

A ministra disse que o anúncio do reajuste ocorreu agora porque é um "ritual" do governo ampliar valores do programa anualmente, sem vínculos eleitorais. "É uma medida a mais a ser feita. Estranho é criticarem, mas temos que comemorar que finalmente as pessoas estão preocupadas com os pobres."