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que da cidade estaria sendo utilizado para benefício de terceiros,
segundo aponta denúncia do vereador Rildo Teles (PSL). (Foto: Serena
Morais)
O vereador Rildo Teles repudiou o uso do equipamento público em favor do ex-secretário de Cultura e atual adjunto de Governo, Dorivan Amaro dos Santos. Segundo a denúncia, Dorivan não possui autorização formal do município para utilização do Parque em eventos particulares.
Segundo o parlamentar, o secretário adjunto vem realizando, através da empresa “DNA Produções”, onde figura como sócio, e “JJ Eventos”, uma série de eventos denominados “Pré Pau da Raposa”. De acordo com Rildo Teles, além do uso do Parque, a empresa usa o nome do time de futebol de Barbalha, sem o devido repasse financeiro ao clube. “Na verdade, quem está pagando a conta é o povo de Barbalha. Não existe contrapartida ao Município. Após a festa é preciso fazer a limpeza e a manutenção do Parque. Tudo isso fica por conta da Prefeitura. Não podemos aceitar isso”, disse o vereador.
Para Rildo, o que está existindo é um favorecimento ao grupo do prefeito Zé Leite, em detrimento de outras empresas de promoção de eventos. “O problema é que fazem a festa e não pagam nada pelo Parque. Além do mais, existem fortes indícios do uso do nome do Barbalha Futebol Clube, como fachada, para obter grandes lucros”, disse Rildo, ressaltando o fato do secretário adjunto, realizador das festas, ser um agente público, o que configura favorecimento, já que não há contrapartida ao Município.
O requerimento do vereador ganhou repercussão no Poder Legislativo e gerou um grande debate. Imbuído da defesa da gestão pública municipal, o líder do prefeito na Câmara, vereador Aurino Preu (PP) acabou subscrevendo o requerimento que pede a investigação.
O ex-diretor do Barbalha Futebol Clube, Jorge Luiz Fernandes, conhecido como Bacalhau, disse que os recursos combinados com os promotores da festa foram repassados integralmente. Segundo ele, foram repassados valores de R$ 5 mil por festa. Segundo Bacalhau, o recurso foi bem vindo, pois a equipe estava na fase final de uma competição importante e promovendo o nome da cidade. “As festas foram, na verdade, uma alternativa de arrecadação. Para a manutenção de uma equipe de futebol, todo dinheiro é bem vindo. Tínhamos 40 funcionários e uma folha extensa. O recurso foi bem vindo”, argumentou o ex-diretor.
Sobre a utilização do Parque, Bacalhau confirmou que a direção do clube fez a solicitação à Prefeitura. “Não somos um órgão público, temos um CNPJ particular, mas estamos inseridos na satisfação popular como de grande importância social. De certa forma, o Poder Público Municipal tem alguma responsabilidade com o time e, por isso, liberou o Parque”, disse Bacalhau.
O secretário adjunto, Dorivan Amaro, em conversa com nossa reportagem, disse que a DNA Produções não é a realizadora dos eventos. Segundo ele, apenas prestou assessoria, sem remuneração ao time do Barbalha, no sentido de facilitar o contato do clube com os artistas. “O que faço é apenas ajudar na divulgação e organização, por gostar do time do Barbalha. Não passa disso. O evento é uma realização do Barbalha Esporte Clube”, disse Dorivan.
Sobre a não participação do secretario adjunto na festa, o vereador Rildo Teles prepara denúncia mais aprofundada ao MPF, com postagens nas Redes Sociais, onde Dorivan assume que a promoção da festa é da DNA Promoções em conjunto com a JJ Eventos.
O terceiro evento da série deve acontecer no próximo dia 30 de maio, com ingressos que variam de R$ 20,00 e R$ 30,00. Os vereadores da bancada de oposição querem a imediata suspensão, até que o MPF se manifeste.
Fonte: Jornal do Cariri