Polêmica: Cidade nordestina é febre nas redes com cachaça de maconha
Encravado
no “polígono da maconha”, região pernambucana famosa pela produção da
erva em áreas irrigadas pelo rio São Francisco, o município de Cabrobó
(a 531 km do Recife) vem se tornando conhecido por um “souvenir”
peculiar: uma cachaça artesanal com raiz de maconha, a “Pitúconha”, na
última semana a cachaça virou febre nas redes sociais e foi um dos
assuntos mais comentados no país.
É fácil
encontrá-la em bares e carrinhos que vendem espetinhos de carne. Os
interessados encontram o produto tanto em dose (R$ 1) como em garrafa.
Com o rótulo que se apropria da tradicional marca pernambucana de
aguardente Pitú, essa caninha sai por R$ 30.
“Aguardente
de cana adoçada com raiz de maconha”, informa, sem pudor, o rótulo da
garrafa de 965 ml. “O Ministério do Transporte adverte: o perigo não é
um jumento na estrada. O perigo é um burro no volante”, completa, em tom
jocoso, o aviso da embalagem.
A Folha
conversou com um servidor municipal que, aos finais de semana, vende
doses de cachaça de maconha em seu carrinho de churrasco.Ele diz que
algumas pessoas coletam as raízes que sobram das operações policiais de
erradicação dos pés de maconha e vendem para os produtores de cachaça.
Um saco de 30 kg sai a R$ 100.
O servidor,
que vende a cachaça há cinco anos, afirma que chega a comercializar até
seis garrafas por semana. “Já virou souvenir. Tem um pessoal do banco
que compra de carrada. O pessoal tem muito interesse de conhecer. Houve
até um leilão na capital. Saiu por R$ 200″, afirma.