O corpo da aposentada foi encontrado submerso na cisterna,ela estava amordaçada e amarrada.
Um crime bárbaro no inicio da tarde de
sábado,17, chocou a população do Município de Lamarão, no Território do
Sisal,na microrregião de Serrinha tendo como vítima a aposentada Davina
Oliveira de Souza, 71 anos, assassinada com requinte de crueldade, na
Fazenda Aldeia,região da localidade de Baixão, distante 3 km do centro
de Lamarão, onde morava com o esposo e um filho.
O corpo da aposentada foi encontrado
pelo filho Carlos Oliveira de Souza, dentro de uma cisterna ao lado da
cozinha da residência onde “Dona Davina” morava a 48 anos e o interior
da casa estava totalmente revirada, numa demonstração que o ou os
assassinos procuravam dinheiro e objetos de valores.
Carlos contou à polícia que chegou à
casa da mãe pouco mais do meio-dia e percebeu algo de anormal, viu a
casa desarrumada, panos pelo chão e chamou por ela, como a mesma não
respondeu, resolveu chamar um amigo e na busca por Dona Davina, se
deparou com seu corpo dentro da cisterna. No trajeto entre a cozinha e a
cisterna, havia respingo de sangue, deixando caracterizar que ela foi
ferida ainda dentro de casa.
Para a polícia, porém os laudos
periciais deveram confirmar, a aposentada foi espancada e torturada
antes de ser assassinada e só depois de morta foi jogada dentro da
cisterna.
O esposo da vítima, Honorato Pereira de
Souza, conhecido por Benzinho, com quem era casado a 48 anos, contou ao
Calila Noticias que saiu de casa ás 11h30 para fazer feira e ficou
sabendo do fato pelo telefone e não tem desconfiança de ninguém que
possa ser o autor desta “tragédia”, como chamou a morte da esposa.Muito
emocionado, Benzinho, chorava bastante,” Temos 48 anos de casado, nunca
na vida dê um empurrão nela, quero que esse meu braço caia se já ofendi
ela, pra vim um marginal e fazer isso com ela. Eu gostava muito da minha
neguinha, não sei se vou suportar viver sem ela.Esse bandido que matou
minha mulher já deve ter vindo em casa para comer, pois ela dava comida a
qualquer um que chegasse dizendo que estava com fome, era muito boa não
merecia ter morrido assim” falou o aposentado aos prantos.
Eles tiveram 8 filhos, sendo duas
mulheres e seis homens. Ele falou também que sentiu falta dos documentos
da esposa e uma importância em dinheiro de aproximadamente R$ 3 mil,
sendo R$ 800 dele e mais de R$ 2 mil de uma economia que vinha fazendo
para comprar uma cama.
Uma das filhas do casal, Bernadete
Oliveira de Souza Brito, 42 anos, contou que a região, onde morou por
muitos anos, é formada por agricultores familiares e extremamente calma e
boa de viver. “Só para se ter uma ideia, aqui nunca roubaram se quer
uma galinha”, disse a agricultora.
A outra filha, que também mora na cidade
de Lamarão, Zulmira Oliveira Souza, 43 anos, disse que a maioria dos
moradores estavam na cidade, pois era o dia da feira, inclusive ela,
apesar de ter passado um ano com mãe, pois se recuperava de um AVC, ou
seja, um acidente vascular cerebral. Uma das poucas vizinhas, com uma
distância de aproximadamente mil metros, disse que ouviu uns gritos, mas
tratava-se de Carlos Oliveira, ao encontrar o corpo da mãe. Sobre o
momento do crime, ninguém sabe de nada.
Um homem, que não se identificou, contou
que chegou ao local do crime assim que as primeiras notícias se
espalharam e teve tempo de seguir os possíveis passos do criminoso e
disse que os mesmos seguiram sentido o Baixão, comunidade mais habitada
na região e que o mesmo estava descalço.