"Não saio de casa há quatro
anos", lamenta Alex Rodrigues dos Santos, 38 anos, morador de Jauá,
localidade do município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (RMS).
Há 11 anos lidando com o aumento progressivo de peso, o ex- agente de portaria
está pesando 230 quilos e busca ajuda para realizar uma cirurgia bariátrica,
procedimento médico popularmente conhecido como redução de estômago.
Em entrevista ao G1, na tarde
desta quinta-feira (8), Alex relatou que começou a engordar após uma perda
familiar. "Eu pesava cerca de 90 quilos. Eu era bem ativo e fazia de tudo.
Trabalhava muito e gostava de jogar bola", lembra o homem que há oito anos
precisou deixar o cargo de agente de portaria e passou a viver de
auxílio-doença.
Devido ao excesso de peso, Alex
detalha que desenvolveu pressão alta e passou a lidar diariamente com dores nas
pernas e nas costas. Os problemas de saúde exigem que o ex-agente de portaria
ingira uma série de medicamentos.
"Os remédios para pressão,
eu pego gratuitamente. Neste momento, entretanto, os medicamentos para pressão
estão em falta nos postos de saúde daqui [Jauá]", relata. Alex ressalta
que não tem condições de comprar os produtos com o própria renda, pois sustenta
mulher e três filhos com o valor do auxílio-doença (pouco mais de um salário
mínimo).
O ex-agente de portaria relata
que não tem condições de pagar pela cirurgia bariátrica e que, até o momento,
não conseguiu autorização para realizar o procedimento nos hospitais do estado
e do município. "Quero a minha vida de volta", desabafou.
