
Deu certo. O leilão que ocorreu na
quinta-feira, 30, aconteceu com a participação do consórcio formado para
implantar a primeira, e maior de todas, de três usinas de Sergipe. As
outras duas, de menor porte, serão alvo de um novo leilão que acontecerá
no segundo semestre.
A Usina Porto de Sergipe I vai produzir
1,5 megawatts (MW), metade da produção da Usina Hidrelétrica de Xingó e
vai empregar mil técnicos e operários na fase de construção. O
investimento é de R$ 3,3 bilhões e o prazo para que ela comece a
produzir energia é em 2020.
“Sergipe corria o risco de ficar de fora
do leilão por uma firula burocrática. Não podíamos permitir. Temos
compromisso com o futuro de Sergipe. Esse investimento chega de cara
gerando mil empregos imediatos. Ele vai injetar milhões em recursos na
nossa economia e trazer mais uma matriz de energia para Sergipe, gerando
um importante ciclo virtuoso que vai possibilitar a atração de empresas
satélites e a perspectiva real de haver um grande investimento na
produção do gás natural em nosso estado para alimentar as usinas e toda
uma cadeia industrial. São muitas coisas boas. Fico muito feliz em ter
contribuído com o sucesso deste processo” disse o governador Jackson
Barreto.
Em entrevista após o resultado do leilão,
o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse que o Brasil está vivendo um
esgotamento do potencial hidrelétrico. A segurança energética do país
vai depender cada vez mais da implantação de outras fontes de energia
como a termoelétrica.
Jackson Barreto lembrou que Sergipe,
apesar de ser o menor estado da Federação em termos territoriais, é um
estado que possui uma das maiores quantidades de matrizes energéticas do
país.
“Aqui temos energia hidroelétrica,
petróleo, gás, etanol, biomassa, energia eólica e agora a termoelétrica.
Aliado aos investimentos em infraestrutura que foram e estão sendo
feitos pelo Governo do Estado e o nosso programa de incentivos ao
desenvolvimento industrial poderemos estar iniciando um novo ciclo de
industrialização de Sergipe nunca antes visto. Estamos preparados e é
bom para os investidores saberem que energia não vai faltar”, disse o
governador.
Na reunião da última quarta-feira no
Ministério, em Brasília, o governador ouviu dos técnicos que com a
implantação das usinas termoelétricas abre-se a perspectiva de altos
investimentos na prospecção, produção e distribuição de gás natural para
abastecer as usinas e o mercado de um modo geral. “Sergipe irá se
tornar o maior produtor de gás natural do Brasil nos próximos quatro
anos” disse na reunião com o governador Jackson Barreto, o secretário de
Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e
Energia, Marco Antônio Martins Almeida.
No segundo semestre haverá mais um leilão
A-5, e mais duas usinas termoelétricas poderão ser instaladas em
Sergipe. “O Ministério das Minas e Energia sabe que o país precisa desta
energia para ser entregue até 2020. É uma prioridade” garantiu Marco
Antônio Martins.
Na reunião no Ministério de Minas e
Energia o governador Jackson Barreto discutiu ainda dois temas caros
para Sergipe. Ele cobrou que o Ministério interceda junto a Vale para
que ela cumpra a promessa de colocar o projeto Carnalita em avaliação no
seu conselho de administração e a continuidade dos investimentos da
Petrobrás em Sergipe.
“Termoelétricas, Carnalita e
investimentos da Petrobrás. Não vou descansar até termos isso tudo
garantido e os investimentos sendo colocados em prática. Disso depende o
futuro do nosso estado e não dá para tergiversar quando estão em jogo
assuntos tão sérios. Sergipe terá um governador atento, atuante e
cobrador. Não darei trégua”, disse Jackson Barreto.
Por Assessoria de Imprensa