quarta-feira, 20 de maio de 2015

Patrocinadores da Fifa expressam preocupação com trabalho no Catar

  • Dois dos principais patrocinadores da Fifa emitiram comunicado oficial nesta quarta-feira expressando suas preocupações com as condições de trabalho no Catar, sede da Copa do Mundo de 2022 e alvo de acusações sobre problemas com os contratados nas obras de estrutura para o torneio.catar obras copa do mundo (Foto: Getty Images)
    - Nós continuamos a ser importunados pelos relatórios que saem do Catar relacionados à Copa do Mundo e às condições dos trabalhadores migrantes. Nós expressamos nossa profunda preocupação à FIFA e incentivamos a tomar todas as ações necessárias para trabalhar com as autoridades e organizações competentes para remediar esta situação e garantir a saúde e a segurança de todos os envolvidos - diz o comunicado da operadora de cartões de crédito Visa.
    Enquanto isso, a Coca-Cola reforçou sua preocupação com as condições de trabalho no Catar e a confiança no trabalho da Fifa.
    - A Coca-Cola Company não tolera abusos de direitos humanos em qualquer parte do mundo. Sabemos que a FIFA está trabalhando com as autoridades do Catar para tratar de questões relativas a questões trabalhistas e de direitos humanos especificamente. Esperamos que a FIFA continue a levar essas questões a sério e trabalhar em direção a novos progressos. Congratulamo-nos com o diálogo construtivo sobre questões de direitos humanos, e vamos continuar a trabalhar com muitos indivíduos, organizações de direitos humanos, grupos desportivos, autoridades governamentais e outros para desenvolver soluções e promover um maior respeito pelos direitos humanos em esportes e em outros lugares - escreve o comunicado da Coca-Cola.
    A Fifa ganha cerca de US$ 30 milhões por ano dos dois patrocinadores. Os comunicados foram divulgados dois dias depois que a rede de televisão inglesa BBC noticiou que uma de suas equipes de reportagem foi detida no Catar por tentar fazer reportagens com trabalhadores migrantes. As autoridades locais justificaram a prisão porque os jornalistas teriam invadido propriedade privada.