Um
homem acusado de estuprar a própria filha desde que ela tinha 13 anos e
de deixá-la grávida por sete vezes foi condenado a 32 anos e seis meses
de prisão no Maranhão. O julgamento acontece na terça-feira (21) em
Riachão, a 765 km da capital São Luís. Martins da Conceição da Silva foi
considerado culpado, enquanto sua mulher, Maria Rodrigues da Silva, foi
absolvida pelo crime de omissão.
O
réu foi condenado a pena de 25 anos de prisão pelo crime de estupro
continuado e a sete anos e seis meses por crimes de sequestro e cárcere
privado. A pena deve ser cumprida em regime fechado na Penitenciária
Balsas, mas Martins pode recorrer em liberdade da decisão. Atualmente, o
réu cumpre prisão preventiva em casa, por conta do grave estado de
saúde.
"O
denunciado friamente confessou que abusou sexualmente de sua filha
desde criança e as relações sexuais que mantinha com ela durante todo
esse tempo resultaram no nascimento de sete crianças, tendo a vítima
engravidado pela primeira vez quando tinha apenas 15 anos de idade",
destacou a denúncia, que ainda lembra que a jovem e seus filhos eram
privados de liberdade, de alimentação,de saúde, de educação e de
moradia. Para o Ministério Público, a mulher de Martins "tinha plena
consciência de todas as condutas delituosas praticadas por ele (o pai)".
Crime
O caso veio à tona depois que o Conselho Tutelar de Riachão recebeu denúncia anônima e foi até a casa da família, em uma fazenda. Segundo o Ministério Público, a adolescente era obrigada a manter relações com o pai diante de violência física e psicológica. A jovem também era privada de liberdade, não podendo sair de casa.
O caso veio à tona depois que o Conselho Tutelar de Riachão recebeu denúncia anônima e foi até a casa da família, em uma fazenda. Segundo o Ministério Público, a adolescente era obrigada a manter relações com o pai diante de violência física e psicológica. A jovem também era privada de liberdade, não podendo sair de casa.
O
réu também foi acusado de expor a saúde da filho e dos sete menores a
risco. Nenhuma das crianças frequentava a escola ou tinha acesso a
serviços de saúde, já que o pai-avó impedia também que elas deixassem a
casa.
"Ali
se encontrava também a vítima M.D.R.S., mãe das crianças, que se
comportou de forma tímida e desconfiada. (…) Embora muito temerosa em um
primeiro depoimento, a vítima, após contar a situação de penúria e de
total desconhecimento e contato com o mundo exterior, acabou, num
segundo momento, quando inquirida pela autoridade policial acerca dos
abusos sexuais sofridos, por revelar que o primeiro homem que a abusou
sexualmente foi um tio, que já morreu, e depois o próprio pai", afirmou a
denúncia.
Atualmente,
a jovem mora com os filhos em uma casa custeada pela prefeitura de
Riachão e recebe também auxílio do Conselho Tutelar.
Correio da Bahia