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segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Hong Kong: polícia libera vias no centro e manifestantes repelem os “coloridos”
Centenas de policiais agiram na manhã de terça-feira (14)
para desmontar barricadas e tendas instaladas há duas semanas em áreas do centro
de Hong Kong, e para desimpedir o trânsito. A ação policial começou na
madrugada, pegando de surpresa os “coloridos”, liberando a principal artéria do
centro, mas deixando intocado o acam-pamento.
Organizações com notórias ligações com os consulados dos EUA
e da Grã-Bretanha e conhecidas viúvas do status de colônia inglesa insistem em
tentar desestabilizar as primeiras eleições diretas da história da cidade,
marcadas para 2017, sob o pretexto de que, sob os termos do acordo de devolução
da Ilha arrancada à China na Guerra do Ópio, os concorrentes deverão atender ao
crivo da comissão criada em 1997 e à condição de “patriota”.
Mais tarde, centenas de pessoas, que não concordam com os
“guarim-beiros” de Hong Kong, exigiram que as barracas e barricadas que obstroem
as ruas sejam desmanteladas. O “New York Times”, apesar de dizer que havia nessa
multidão “motoristas de táxi e de caminhão e membros das ‘tríadas’”, teve de
admitir que “um bom número era de moradores comuns”. Não houve violência por
parte da polícia. O porta-voz da polícia, Hui Chun-tak, conclamou as pessoas dos
dois lados a “permanecerem calmas”, mas apontou que as barricadas não seriam
permitidas “indefinidamente” e que a polícia estava “preparada” para limpar a
área.
Por sua vez, o governo chinês repudiou no sábado (11)
deliberação do Congresso dos EUA instando a Casa Branca a fortalecer os
“acontecimentos democráticos de Hong Kong”, aumentando os “intercâmbios” com os
integrantes da nova “colour revolution” e o envio de funcionários de Washington
ao local. “Esse ataque contra a China distorce os fatos e constitui uma
ingerência nos seus assuntos”, afirmou o porta-voz Hong Lei. “Nenhum governo,
organização ou indivíduo estrangeiros tem o direito de meter-se nos assuntos de
Hong Kong, que constituem um assunto puramente interno da China”.