Além das apreensões, 16 pessoas foram presas, conforme informou ao G1 a PF. A operação cumpre 17 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 20 de busca apreensão. Desse número, quatro estão foragidos, sendo três deles na Bolívia. Os 20 mandados de busca também já foram cumpridos. A PF afirmou que só vai detalhar as prisões ao final da operação.
As aeronaves utilizadas pela quadrilha foram apreendidas em Sinop, Colíder e Belém. A PF também está na procura de outros dois aviões citados na investigação. Durante a operação foi feita uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com o superintendente da PF em Mato Grosso, Élzio Vicente da Silva, as aeronaves eram usadas para transporte da droga entre Bolívia e Mato Grosso. “Verificamos a existência de uma organização criminosa que se uniu para entregar droga em vários pontos do país. Eles utilizavam principalmente essas aeronaves que traziam entorpecente da Bolívia. Eles pousavam em pistas clandestinas e faziam esse repasse de droga", disse Élzio. A maior parte da droga vinha da Bolívia.
Todos os suspeitos começaram a ser ouvidos ainda nesta manhã em cada delegacia da PF onde foram presos. Outros policiais continuam a operação para prender o restante dos suspeitos. A PF deve fazer uma coletiva e divulgar o balanço da operação a partir do meio-dia [horário de Mato Grosso].
A operação batizada de Touro Branco começou há um ano e meio, quando a PF identificou o transporte de droga na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia através de aeronaves de pequeno porte. Os traficantes escondiam grandes quantidades de entorpecente em regiões de áreas rurais e fazendas, até que um transporte fosse disponibilizado para levar a droga aos consumidores de Mato Grosso e outros estados.
Em Mato Grosso, os mandados são cumpridos em Cuiabá, Cáceres, Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Sapezal, Colíder, Sinop, Sapezal e Rondonópolis. Os demais em Luziânia (GO), Apodi (RN), Santarém, Paragominas, Belém, ambas cidades no Pará, e em São Paulo e Lavínia, interior de São Paulo.
A operação recebeu esse nome por causa de traficantes que utilizavam várias vezes o termo 'touro branco' durante as negociações envolvendo o tráfico de entorpecentes, tentando simular a compra e venda de gado na tentativa de despistar a polícia em eventuais interceptações telefônicas.