As
mulheres menos famosas aproximavam-se de Charlie Chaplin por dinheiro ou
para conquistar um papel de proa em seus filmes. O diretor dava algum
dinheiro e aproveitava-se — se é que só ele se aproveitava — de quase
todas que o beiravam. Mas Chaplin, segundo Irving Wallace e parceiros,
também “orgulhava-se de ir para a cama com mulheres influentes. Algumas
das que conquistou foram Clare Sheridan, prima do primeiro-ministro
inglês Winston Churchill; as atrizes Mabel Normand, Edna Purviance, Pola
Negri, Louise Brooks e Marion Davies, a estrela que teve um longo caso
com William Randolph Hearst [o inimigo de Orson Welles], e Peggy Hopkins
Joyce, uma ‘Ziegfield Girl, que se tornou uma das mulheres mais ricas
do mundo casando-se com cinco milionários. Ela e Chaplin eram muitas
vezes vistos nadando nus perto da Ilha de Catalina”.
Chaplin
tinha o hábito de recitar passagens eróticas de “Fanny Hill” e “O
Amante de Lady Chaterley”, o belo (e proibido) romance de D. H.
Lawrence, para as mulheres com as quais fazia sexo. Era um fenômeno na
cama, segundo Irving Wallace. Ele tinha seis relações sexuais seguidas —
antes do Viagra e do Cialis —, “com intervalos de cinco minutos, entre
cada uma”. Gostava de voyeurismo. “Montou um telescópio de longo alcance
em sua casa, que permitia ver o quarto de dormir de John Barrymore.”
Um de
seus pensamentos preferidos: “Nenhuma arte pode ser aprendida de
repente. E fazer amor é uma arte sublime, que exige prática para ser
verdadeira e significativa”.