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quarta-feira, 13 de março de 2013
Delegado diz que ex-PM é culpado da morte de Mércia
O delegado Antônio Assunção de Olim, responsável pela investigação da morte da advogada Mércia Nakashima, disse ontem que o ex-namorado dela, o ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, é o culpado do crime. Foi o que afirmou em depoimento de mais de cinco horas no segundo dia de julgamento em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ao ser questionado sobre a participação de outras pessoas, Olim acrescentou ter certeza que “foram só os dois”, Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva.
Inicialmente, os dois seriam julgados ao mesmo tempo. Mas, o caso foi desmembrado e o júri do vigilante adiado para 29 de julho. Segundo o delegado, os principais indícios para crer que os dois são culpados são o percurso do carro de Mizael, refeito nas investigações a partir do rastreamento do sinal do GPS instalado no veículo, e as diversas ligações telefônicas dele a Evandro.
No depoimento, os advogados de Mizael tentaram desqualificar a investigação comandada por Olim. A inquirição da defesa chegou a irritar a testemunha diversas vezes, assim como o juiz Leandro Cano, que a advertiu caso as perguntas continuassem a ser acrescidas de comentários. O advogado de defesa Ivon Ribeiro confrontou ainda o vídeo em que Evandro aparece depondo no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontando que a versão transcrita nos autos estava diferente. Nesse momento, foi a vez de o promotor se exaltar com o advogado: “O senhor é desleal e mentiroso! O diabo é o pai da mentira. O senhor é amigo do diabo!”, disse o promotor Rodrigo Merli Antunes.
Os advogados alegaram que o delegado entrou em contradições, desconhecia informações importantes e se contradizia sobre a investigação. Uma delas é que foi encontrado um cigarro com saliva feminina no carro de Mizael e Mércia não fumava. Os advogados também questionaram se o delegado sabia que Mizael jogava futebol em Várzea Paulista, a 54 quilômetros da capital paulista, onde ocorreu o crime.
A intenção era mostrar que as algas encontradas no sapato de Mizael podem ter grudado em uma das visitas ao município. Segunda-feira, o biólogo Carlos Bicudo afirmou em depoimento que as algas são as mesmas encontradas na região da represa de Nazaré Paulista, a 64 quilômetros da capital, local onde foi encontrado o corpo de Mércia. (das agências de notícias)