Momento da transferência do adolescente.
Fabrício Ferreira Santos, 21 anos,
residente em Candeias, região metropolitana de Salvador, vulgo Bê,
morreu no inicio da tarde desta quinta – feira, 03, em consequência de
um auto de resistência, conforme informou a guarnição do Pelotão
Especial Tático Operacional – PETO, da 4ª Cia, e o adolescente
C.V.B.S., 16 anos, ficou gravemente ferido durante a ação. O fato
aconteceu na Rua Duas Irmãs, Bairro Alto da Colina, Conceição do Coité.
Segundo os policiais, os jovens são
acusados de praticarem assaltos a celulares e roubo de motos, e desde a
última terça-feira, 1º, estão a procura de ambos, tendo recuperado uma
moto resultado de roubo.Nós tentamos prendê-los, mas eles conseguiram
fugir, e diante dos constantes assaltos que eles vinham praticando,
nossa meta era capturá-los, mas ao chegar-mos a residência de um senhor
que dizia ter sido colocado pra fora por eles, fomos recebidos a tiros e
revidamos. Prestamos socorro até o hospital mas um deles veio a óbito”,
falou um dos militares envolvidos na operação.
Em poder deles, segundo a Polícia, foram
encontradas duas armas, sendo um revólver calibre 38 e outra, cujo
calibre não foi informado ao CN, além de certa quantidade de maconha.
Familiares de Bê, disseram ao CN que ele chegou a Conceição do Coité a
pouco mais de 30 dias e não souberam dizer o que veio fazer. Eles
lembraram que em setembro de 2014 foi assassinado a em Candeias, na 2ª
Travessa Rua Presidente Kennedy, Robson Ferreira Pereira, irmão de Bê,
com seis tiros.
O menor em estado muito grave foi
transferido para o HGE, em Salvador, com várias perfurações, mas a
equipe médica que atendeu, não passou mais detalhes, aguardando o
relatório do HGE.
A equipe Calila foi até a residencia
onde estavam os rapazes e identificou o proprietário por Benedito dos
Santos Brito, tio do menor. Segundo ele, os jovens chegaram por volta
das 17h de quarta-feira,02, permaneceram na casa até ás 04h da madrugada
desta quinta-feira, tendo saído por um curto espaço de tempo, ou seja,
voltaram 30 minutos depois com mais um colchão e permaneceram durante
toda manhã, até a chegada da polícia.
Benedito não soube explicar como os PMs
chegaram até sua residência, mas disse que ao sair no quintal se deparou
com um deles que pediu que saísse, pois não estavam procurando por ele.
“Eles não me disseram quem procurava,
mas já imaginava. Fiz o que eles pediram e de repente só ouvir os
tiros”, contou Benedito, que mora sozinho. Ele disse também que nunca
tinha visto o Bê e que havia chegado ontem em sua residência, tendo
inclusive pedido a menor C.V, que fosse embora. “Aqui em casa eles
fumaram algo que fedia bastante e isso me fez sair da casa, pois não
gosto dessas coisas.”, Concluiu.
Uma moradora da rua disse que na chegada
os policiais já foram pedindo para entrarem para suas casas.” Acho que
eles já sabiam que os meninos estavam lá dentro” comentou a moradora que
pediu para não ser identificada.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas