Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
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HUNGO HUNGO DESAFIA ISAAC DOS ANJOS - O poder está na rua. Administradores municipais e directores, através de um artifício passado e repassado pelo Ministério do Ordenamento do Território, estão completamente convencidos que nunca serão exonerados pelo Governador Isaac dos Anjos. Por conseguinte, prosseguem com as suas trambiquices, abrindo ainda mais espaços, na área dos Inertes, para os seus negócios, em detrimento das empresas legais que pagam religiosamente os seus impostos, os trabalhadores e as maquinas alugadas (paradas) para o efeito, aguardando, literalmente, pela boa vontade dos mesmos, para
HUNGO HUNGO DESAFIA ISAAC DOS ANJOS
Em
Benguela o poder está na rua. Ontem Amaro Segunda, hoje Hungo Hungo. E
amanhã? Será o general Adenda “Nino”? Este, que foi capaz de revelar à
polícia económica, que o seu ex-chefe Zacarias Camwenho, se encontrava
no Hotel La Plata a tomar o pequeno-almoço, para ser preso. Não tem
escrúpulos.
Vai
ser necessário imprimir uma nova dinâmica, com gente diferente no
governo de Benguela. Os existentes, tirando os mais visíveis: Alice
Cabral, Jorge Dambi, José Rego, Nelson da Conceição e pouco mais, os
restantes são escórias, autênticas damas de companhia.
A indústria, um edifício de grande porte, está a ser detonado publicamente. Pronto a implodir.
Era suposto que o cheiro de churrasco viesse antecipado. Mas não.
A “operação Inertes” pode
cortar de vez os laços entre a Direcção da Industria, Geologia e Minas e
as empresas legais, exploradoras de inertes, que com uma blindagem real
e efectiva deHungo Hungo Cassoma, a curto e a médio prazo não fará bem à Industria. Ele, como se sabe, é apoiado por um consórcio de interesses pessoais.
Julgando-se acima do bem e do mal, criou uma espécie de Direcção dentro
da Direcção da indústria. Criou condições e facilitou políticos e
governantes, é cortejado pelo partido municipal do MPLA em Benguela e,
claro, ao longo do caminho construiu o seu próprio pé-de-meia.
Certamente terá a sua queda e um final melancólico.
Agora, eles estão expostos ao distinto público, em detalhes, na “operação Inertes”, da sociedade civil, face à indiferença do governo de Isaac dos Anjos completamente desgastado.
É
espantoso que as peças que formam a engrenagem da corrupção na Direcção
da Industria Geologia e Minas na província de Benguela, tenham
recorrido aos préstimos do próprio governo. Nesse balaio, estão lá os
mesmos personagens de sempre: Abel Máquina Mussalo, director da Direcção Provincial de Industria, Geologia e Minas, João Augusto Sebastião, Chefe de Departamento Administrativo e adjunto do director, Jerónimo Tati, chefe de Departamento de Geologia e Minas e Hungo Hungo Cassoma, chefe
de Departamento de Industria Transformadora. No entanto, nada é tão
surpreendente quanto a imprudência do Director e dos seus chefes de
departamento e do maior trambiqueiro Hungo Hungo Cassoma. Alvo principal
do caso de extorsão da padaria no controlo da Belavista no Lobito, sem
imaginar que ele estava a ser monitorado pela sociedade civil, que há
muito tem vindo a substituir as instituições do Estado por falta de
autoridade do executivo de Benguela e do Ministério Público.
O poder está na rua. Administradores
municipais e directores, através de um artifício passado e repassado
pelo Ministério do Ordenamento do Território, estão completamente
convencidos que nunca serão exonerados pelo Governador Isaac dos Anjos.
Por conseguinte, prosseguem com as suas trambiquices, abrindo ainda
mais espaços, na área dos Inertes, para os seus negócios, em detrimento
das empresas legais que pagam religiosamente os seus impostos, os
trabalhadores e as maquinas alugadas (paradas) para o efeito,
aguardando, literalmente, pela boa vontade dos mesmos, para trabalhar.
Suspendem,
simulam autorizar novas zonas de exploração, para na realidade, não
autorizarem, utilizando os mais variados artifícios ao ponto de
remeterem mentirosamente a solução do problema para o governador de
Benguela. Estão num autêntico desafio à Isaac dos Anjos. Desconcertado com as abordagens e correspondências mal estruturadas e com muitos erros de português, enviadas por Abel Maquina Mussala às empresas exploradoras de inertes, Isaac dos Anjos exigiu a reposição da legalidade que em momento algum foi atendida. Apenas uma empresa conhecedora do conteúdo do ofício de Isaac dos Anjos, dirigido a Abel Maquina,
decidiu com muitos prejuízos tomar os seus trabalhos. Todavia, passando
por cima da Direcção da Industria, que até ao presente momento não
passou o teor da mesma aos interessados.
Ninguém quer mais respeitar Isaac dos Anjos a começar por esses “capiquinotes”.
Hungo Hungo Cassoma terá eminente a sua queda e um fim melancólico.
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