Um grupo de 12 agentes especiais, que,
segundo a polícia civil, estava agindo de forma clandestina e se
passando por policiais, foi detido nas primeiras horas da madrugada
desta sexta-feira (24) por policiais militares no Circuito Maneca
Ferreira.
O grupo foi conduzido ao posto da
polícia civil, que funciona nas dependências do Centro Estadual de
Ensino Profissionalizante (antigo colégio Estadual). Em poder deles, os
policiais apreenderam coletes com a tarja de agente especial,
cartucheiras, pares de algemas, cassetetes e uma faca.
Um dos agentes detidos informou que
constantemente o grupo está nas ruas da cidade ajudando as pessoas e a
própria polícia na segurança pública. “Não estávamos fazendo nada de
errado. Apenas pegamos um rapaz que estava brigando, o tiramos do
circuito da festa e o levamos para um posto da Polícia Civil. Pedimos
que os policiais nos ajudassem, mas recebemos voz de prisão”, afirmou
Manuel Da Luz Conceição, acrescentando que a detenção casou
constrangimento e vergonha ao grupo.
O comandante do Policiamento Regional
Leste, Coronel Adelmário Xavier, informou que os agentes estavam usando
equipamentos de segurança pública, como algemas e cassetetes e que
faziam serviços de segurança pública, o que não é permitido. “Eles são
clandestinos, foram presos em flagrante e vão responder por isso”,
afirmou. O coronel disse ainda que foi constatado que eles estavam
praticando agressões no circuito da festa.
O coordenador Regional de Polícia,
delegado João Rodrigo Uzzum, informou que o grupo estava praticando
usurpação de função pública, praticando diversos crimes contra os
cidadãos, pois fazia abordagens no circuito da festa agredindo pessoas e
conduzindo para delegacias, atuando como se fossem policiais. “Eles não
podem fazer isso, pois é crime e se um cidadão for abordado por esses
homens devem procurar a polícia que vai tomar providências”, afirmou.
O coordenador disse ainda que eles serão
atuados em flagrante por crimes de falsidade ideológica, usurpação de
função pública e posse ilegal de arma branca. “Vamos estudar todas as
tipificações possíveis para enquadrar esses elementos”, informou Rodrigo
Uzzum.
O delegado contestou a informação dada
por um deles de que as forças de segurança teriam conhecimento desse
trabalho feito pelo grupo.
Extraída do Acorda Cidade