Na construção civil, setor com o maior número de cortes, houve
queda de 587 postos em março deste ano, em comparação com fevereiro
Foto: Marília camelo
Na série ajustada do Caged, que incorpora informações declaradas fora do prazo, o decréscimo do número de empregos celetistas no Estado, de janeiro a março deste ano, foi de 0,69%, com 8.525 postos a menos. Considerando o intervalo entre março de 2015 e igual mês do ano passado, foi verificado crescimento de 2,97% no nível de emprego, representando 35.292 novos postos de trabalho.
Na construção civil, houve queda de 587 postos, enquanto a agropecuária apresentou diminuição de 509 empregos formais. O maior saldo positivo foi registrado pelo comércio, com 383 vagas. A segunda colocação ficou com serviços, com saldo de 314 postos.
Já a Capital registrou saldo negativo de 813 postos em março, a partir de 25.151 admissões e 25.964 e desligamentos no período. O saldo representou uma retração de 0,12% no total de empregos celetistas.
Região Metropolitana
Por sua vez, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), assim como o Estado, apresentou um cenário de estabilidade, com leve queda de 0,03%, indicando eliminação de 278 postos de trabalho no período.
A cidade cearense com maior número de novas vagas foi Caucaia, com saldo de 542 novos empregos. Em seguida, estão no ranking Russas (239), São Gonçalo do Amarante (196), Pacatuba (104), Várzea Alegre (102), Eusébio (97), Maracanaú (85), Canindé (66), Jaguaribe (62) e Juazeiro do Norte (58).
Média nacional
Já o País voltou a contratar em março, interrompendo uma sequência de demissões que vinha desde dezembro. Ao todo, foram abertas 19,3 mil vagas. Em março do ano passado, o Brasil havia criado 13,1 mil vagas.
No intervalo entre janeiro e março deste ano, houve o fechamento de 50,3 mil postos de trabalho. O resultado é reflexo principalmente da baixa atividade econômica, sentida mais intensamente nos setores da construção civil e da indústria.
A Operação Lava Jato, que paralisou obras no setor petroquímico, afetou fortemente o mercado de trabalho brasileiro, sobretudo em estados como Rio de Janeiro e Pernambuco.
Setores
O setor de serviços foi responsável pela contratação de 53,8 mil trabalhadores, compensando as demissões em segmentos da economia mais fragilizados. Destacam-se as atividades de ensino, administração de imóveis, medicina e medicina veterinária, transporte e comércio.
Já a indústria de transformação (metalúrgica, mecânica, têxtil etc) fechou 14,7 mil postos, enquanto que em março do ano passado havia criado 5.500 vagas. O setor de construção civil fechou 18,2 mil postos.