Agora quem vai decidir o destino de Marli Aparecida Teles de Souza, que ficou conhecida como "viúva negra" na Região Meio Oeste de Santa Catarina, será a população. O Tribunal de Justiça anunciou nesta terça-feira que a mulher irá a júri popular. Ela é acusada de assassinar quatro ex-companheiros em pouco mais de 10 anos para se beneficiar do seguro de vida deles. O filho, que também é indiciado por participar dos crimes ocupará o banco dos réus junto com a mãe.
Em novembro de 2014, a viúva-negra e o filho, que na época tinha 21 anos, foram presos, após investigações levantarem hipóteses de que eles estariam envolvidos na morte um homem de 60 anos, ex-marido dela e pai do filho. O corpo da vítima foi encontrado dentro de uma caminhonete na rodovia SC-350 em 25 de junho do mesmo ano, após, supostamente sofrer um infarto.
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Somente depois de receber uma denúncia anônima informando que a vítima havia feito dois seguros de vida no valor de R$ 1,26 milhão em nome do filho beneficiado, a polícia decidiu investigar melhor o caso. Ao pedir uma nova análise do sangue e da urina do homem, descobriram vestígios de substâncias químicas que, segundo o delegado Fabiano Locatelli, a vítima não havia feito uso anteriormente.
Através de investigações, a polícia descobriu que o homem havia morrido na noite anterior na casa de Marli, que, junto com o filho, levou o corpo para o matagal às margens da rodovia, dentro de uma caminhonete, simulando um acidente de trânsito.
A suspeita abriu precedentes para investigar a morte de outros três ex-companheiros de Marli, que teriam morrido por circunstâncias misteriosas. Em um dos casos, ocorrido no ano anterior, a mulher também foi beneficiada pelo seguro de vida de um namorado e chegou até a sacar o dinheiro. As outras duas mortes ainda estão sendo investigadas.