Bombardeiro B-52 sobrevoou província sul-coreana que faz fronteira com a Coreia do Norte dias depois de Pyongyang divulgar o teste de uma bomba supostamente de hidrogênio
Na semana seguinte ao anúncio norte-coreano de que teria testado uma bomba de hidrogênio, arma nuclear com capacidade de destruição amplamente maior do que qualquer outra conhecida, os EUA fizeram uma demonstração de força para intimidar Pyongyang, neste domingo (10).
O United States Pacific Command (Comando do Pacífico dos EUA) confirmou que um bombardeiro B-52 partiu da base aérea de Andersen, localizada na ilha de Guam, para sobrevoar a província sul-coreana de Gyeonggi, cujo território faz fronteira com a Coreia do Norte.
"Esta foi uma demonstração do compromisso inflexível dos EUA com os aliados da Coreia do Sul e do Japão – e à defesa da pátria americana", afirmou o comandante Harry B. Harris Jr.
"O teste nuclear da Coréia do Norte foi uma flagrante violação de suas obrigações internacionais. Forças militares dos EUA no Indo-Ásia-Pacífico continuarão a trabalhar com todos os aliados e parceiros para manter a estabilidade e a segurança regionais."
De acordo com o correspondente da "CNN" na capital norte-coreana, Will Ripley, o sobrevoo da aeronave militar cumpriu seu papel de intimidar o regime de Pyongyang, de longe o mais fechado do mundo, que, há mais de seis décadas em guerra com Seul, usa de demonstrações de poderio militar para intimidar aliados dos EUA.
"Muitos militares norte-coreanos acham os bombardeiros dos EUA especialmente ameaçadores, já que viram a destruição que eles causaram em Pyongyang durante a Guerra da Correia, quando grande parte da cidade foi arrasada", descreveu Ripley.
Governada com mão de ferro pelo líder supremo Kim Jong-un, a Coreia do Norte classificou a ação dos EUA como um "ato de guerra".