A informação foi divulgada pelo delegado Flávio Góis, da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), que investiga o caso. Antes das tentativas de homicídio, segundo a polícia, a mulher sempre utilizava suco com uma substância química para dopar o rapaz, o estudante de enfermagem Darlan dos Reis Pinto, 32 anos. Darlan era pai do filho de 2 anos de Monique.
A mulher foi presa na quarta-feira (13), quase um mês após o crime, na casa onde mora, localizada na zona rural do município, a cerca de 90 quilômetros de Salvador. O adolescente apontado como executor confessou o crime e foi apreendido. De acordo com o delegado, o menor disse em depoimento que recebeu R$ 2.500 para matar o homem a facadas.
"O adolescente foi contratado por ela para executar a vítima. Ele disse que ela deu entrada de R$ 500, antes do crime, e deu o restante do dinheiro depois da execução do serviço", disse o delegado, em contato com o site G1, nesta quinta-feira (14).
Conforme a polícia, no dia do crime, Monique teria dado um suco ao marido antes de sair com ele para a faculdade particular onde estudavam, na cidade de Alagoinhas. O homem foi executado, após pegar no sono, com facadas na cabeça e no pescoço.
"Ela correu um risco grande, porque ele foi sentir os efeitos quando estava dirigindo o carro com ela na estrada a caminho da faculdade. O rapaz poderia ter perdido o controle do veículo. Os dois voltaram para casa e, quando chegaram, ele dormiu dentro do carro. Foi então que o adolescente chegou e o matou com uma faca", destacou o delegado.
O adolescente, que não tem passagens pela polícia, disse que conheceu Monique por meio de uma rede social. "Ele disse que ela já havia mandado ele matar o marido em outras duas ocasiões. Ela sempre fazia o mesmo: dopava ele colocando alguma substância no suco dele e chamava o adolescente para cometer o crime. Mas nas outras duas vezes o menor não teve coragem", afirmou o delegado.
Ainda conforme o delegado Flávio Góis, Monique permaneceu em silêncio durante todo o interrogatório. A moça também, assim como o adolescente, não tem passagens pela polícia. "Ela estava interessada no seguro de vida do companheiro e também estava de olho na casa e num sítio que ele tem. O crime foi premeditado, porque ela planejou e articulou toda a ação criminosa", destacou.
A mulher e o adolescente responderão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, segundo o delegado. Monique deverá ser encaminhada nos próximos dias para o presídio feminino de Feira de Santana ou para Salvador. O adolescente também será transferido para internação em Feira ou na capital baiana.