De acordo com João Eduardo Pereira, delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos, cerca de de 600 perícias por dia são realizadas na capital baiana, e cerca de 120 mil por ano. No entanto, mesmo com disponibilidade de 30% do efetivo, grande parte das perícias não estão sendo feitas. Conforme Pereira, menos de 30 perícias estão sendo realizadas por dia.
"O que acontece é que os médicos vão para realizar as perícias e se deparam com problemas administrativos do INSS, que os impedem de trabalhar. Por conta desse problema administrativo, como dados cadastrais, documentações que precisam ser regularizadas, os médicos não conseguem fazer a perícia. Mesmo com o efetivo disponibilizado, essa questão do administrativo do INSS potencializou o problema com relação aos atendimentos", disse.
A assessoria do INSS informou que no último balanço do dia 9 de setembro, 26.092 perícias médicas haviam sido agendadas; 12.894 realizadas e 8.557 reagendadas no Brasil. O órgão acrescenta que não se pronuncia sobre o impacto causado pela greve.
Entre os itens da pauta de reivindicações, estão a reestruturação da carreira, que vai desde a jornada de trabalho, bonificações e recomposição salarial, reposição do quadro de funcionários; além de adequação de condições de trabalho, desde item de segurança, campanha de marketing do médico perito; adequação das leis e normas das rotinas administrativas e mudanças nos sistemas do INSS que são inadequados.