Deputado justifica que a vaquejada maltrata os animais.
Faltando seis dias para o início da
Vaquejada de Serrinha, o deputado estadual Marcell Moraes (PV) usou a
tribuna da Assembleia Legislativa na última terça-feira (1), para pedir o
fim do evento. “Muitos baianos comemoram essa festa, mas quero deixar
registrado o meu repúdio a esse evento que tanto maltrata os animais.
Animal não é coisa, e sim um ser vivo que sente medo, sente frio e sente
dor. Muito se fala que a vaquejada gera renda, e eu respondo que a
droga também gera, mas é ilegal. Não dá para se aproveitar dos
maus-tratos a animais para ganhar dinheiro”, disparou o deputado.
Marcell também parabenizou a promotora
de Justiça Letícia Baird, que firmou um novo Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) com o Parque de Vaquejada Maria do Carmo, localizado em
Serrinha, para que a empresa se comprometa a cumprir cláusulas presentes
em acordos anteriores de 2012 e 2014 e que não foram suficientes para
proteger os animais envolvidos na vaquejada. O novo termo apresenta
ações de prevenção a fim de minimizar os danos contra bovinos e equinos.
“A promotora deu o primeiro passo. A empresa deverá pagar multa caso
algum animal se machuque no evento. É uma ajuda, mas ainda não é a
solução. A solução é preservar a vida do animal. Se coloquem no lugar do
boi ou do cavalo. Eles não sabem se defender. A sociedade evolui e
tenho certeza que as pessoas que não concordam comigo hoje vão concordar
daqui a alguns anos”, criticou Marcell.
Para o deputado Joseildo Ramos (PT),
parlamentar que usou a tribuna para defender a prática das vaquejadas
falta ao deputado Marcell conhecimento de causa. Segundo Joseildo, além
do aspecto cultural, de preservação de uma festa de vaqueiros, “as
vaquejadas de hoje não são iguais as de antigamente e há todo um
ordenamento e proteção aos animais”. Em plenário, Joseildo deu um “Viva a
Vaquejada de Serrinha”.
O deputado Gika (PT), representante de Serrinha e aficionado de vaquejada não se pronunciou.
Informações: Site do deputado Marcell Moraes