VAI PARAR - População declara o fechamento da Ba220 em protesto

Um trecho de apenas trinta e sete quilômetros da importante rodovia BA 220 que liga as cidades de Monte Santo e Euclides da Cunha volta a pedir socorro, a obra da estrada inaugurada há pouco mais de 10 anos é a prova viva do desperdício no uso de verba pública e da falta de competência em resolver de forma definitiva esse velho problema, isso porquê devido ao curto tempo em que a pista ficou trafegável denota um grave erro na qualidade dos produtos utilizados para construção da pista que já passou da validade por diversas vezes.



A construção da BA 220 foi um importante projeto para os estados da Bahia e Sergipe, pois é iniciada em Paripiranga, na divisa dos dois estados, e também faz o traçado pelos município de Euclides da Cunha e Monte Santo, onde trafegantes podem chegar em toda região do Sisal, além de Senhor do Bonfim, Filadélfia, Juazeiro, entre outras cidades, que dão acesso aos estados do Piauí, Maranhão e Pernambuco, A Ba também e fundamental para todo município de Monte Santo por possibilitar uma viagem mais rápida até a capital Salvador, principalmente em casos de acidentes em que o tempo até chegar ao hospital que atende casos mais graves é fundamental para a vida do paciente,  sem contar no prejuízo em que a falta de uma boa estrada causa ao produtor rural por dificultar e encarecer o escoamento rural, bem como para toda população que sofre com os prejuízos em seus automóveis e o constante risco de assaltos e até de perder a vida  que são enfrentados diariamente ao trafegar pela BA, a pista ainda acumula diversos problemas estruturais em sua concepção como por exemplo a falta de acostamento e a redução das pontes pela metade, problema esse recentemente resolvido pelo governo atual que, depois de longos períodos de espera e erros e acertos na reconstrução das novas pontes devolveu o que sempre foi de direito ao povo de nossa região pontes completas e de qualidade, porém esqueceu do principal recuperar a pista.


Os anos passaram e os enormes buracos foram aparecendo, um problema que constantemente causa prejuízos aos usuários da rodovia. Em épocas de chuva, a fina camada de piche esburacada dá espaço à lama que dificulta ainda mais o translado entre as duas cidades, e ora, se não há asfalto, imagina acostamento, aliás, muito menos sinalização, o problema é frequente e como foram tomadas apenas soluções paliativas dessa vez a pista entrou em uma situação deplorável e está intrafegável aumentando o percurso que não passava de 30min para mais de 1h.







Diante do problema a população cansada de esperar uma solução resolveu se mobilizar e uma organização formada por estudantes que buscam ensino superior fora do Município como os da Universidade Estadual da Bahia, campus Euclides da Cunha e os que viajam toda semana para Paripiranga, chegaram a se mobilizar por diversas vezes em busca de chamar atenção pra este problema que afeta toda região, as manifestações ocorreram em meados de Outubro de 2013 durante a festa de Todos os Santos mesmo sem ter ligação direta com as manifestações nos dias que ocorreram a festa foram relatados um das maiores concentração de carros na pista devido a demora os visitantes e turistas que vieram prestigiar a festa de Todos os Santos se aglomeraram em seus carros em uma fila interminável entre Euclides e Monte Santo estado esse que provocou a desistência de alguns frequentadores da festa e possíveis prejuízos ao comercio com a diminuição do publico no principal evento da cidade.



Devido ao grave problema o prefeito Jorge Andrade se dirigiu até a capital Salvador para falar pessoalmente com o Vice Governador e pedir urgência na recuperação da BA-220 como relatado nessa matéria anterior, porém devido ao deslocamento de uma equipe para a produção da novo trecho da Ba-220 que ligará Monte Santo a Pedra Vermelha o vice Governador alegou que deveriam esperar a conclusão das obras pois a mesma equipe já presente no município já seria utilizada para as obras de recuperação do trecho Monte Santo - Euclides da Cunha e iria liberar recursos para a operação Tapa-Buraco até a conclusão da obra o que gerou uma estimativa de prazo de no mínimo 6 meses de até a conclusão das obras do novo trecho e início da recuperação da pista esburacada, fato que revoltou a população que chegou a realizar um movimento durante a visita do vice-governador e também secretário de infraestrutura da Bahia, Otto Alencar que vieram a cidade acompanhar o início da obra do asfalto do novo trecho entre Monte Santo e Pedra Vermelha, e realizaram outro movimento que houve até queima de pneus na tentativa de impedir o vice governador de chegar a cidade sem se deparar como problema, mas sem validade pois, o excelentíssimo veio pelos céus e não passou pela manifestação.

No ensejo, nossa equipe conseguiu conversar com Otto e ele declarou que, inclusive antes de sua visita, liberou a operação Tapa Buraco. "Estamos tentando negociar um empréstimo com o Banco Mundial para conseguir recuperar o trecho da BA 220, entregamos recentemente a pavimentação asfáltica do trecho entre Euclides da Cunha à Aribicé e pude ver hoje (31 de outubro), a construção do trecho entre Monte Santo à Pedra Vermelha, adianto que breve estaremos incluindo a recuperação do trecho entre Monte Santo e Euclides da Cunha", frisou Otto.

Com os estragos, o tempo de viagem e os prejuízos com combustível, consertos e troca de peças só aumentam. Pra quem depende da rodovia, é inevitável o estresse, como nos disse um taxista que todos os dias enfrenta os piores 38 quilômetros de sua vida. "É revoltante sermos obrigados a pagar impostos em cima de impostos e não ver o retorno disso, se eles, os deputados, fossem obrigados a pagar o conserto do meu carro, rapidinho já tinham tapado esses buracos, não é!?.", indagou.

Os acidentes também aumentam, conforme o número de buracos e animais na pista, como noticiamos ainda este mês, no primeiro dia do ano um grave acidente envolvendo dois jovens que na tentativa de desviar dos orifícios, capotou gravemente o veículo, e tantos outros noticiados não só por este, mas outros grandes veículos de comunicação regionais.