Pamela
Rauseo tenta fazer seu sobrinho de 5 meses voltar a respirar no meio de
rodovia nos EUA (Foto: The Miami Herald, Al Diaz/AP)
A respiração boca a boca não é recomendada para socorrer bebês
asfixiados, tanto os que engasgaram como os que têm problemas
respiratórios. A técnica pode piorar o quadro de engasgamento, segundo
explica Dra. Ana Escobar, pediatra e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Nos Estados Unidos, uma mulher socorreu o sobrinho, um bebê de cinco meses, que estava sem respirar no carro. Segundo ela, o bebê nasceu com problemas respiratórios. A mulher fez respiração boca a boca e, em seguida, um policial fez massagem cardíaca na criança. O bebê voltou a respirar após o procedimento.
A pediatra Dra. Ana Escobar explica que a causa de asfixia em bebês recém nascidos geralmente é engasgue com leite quando o bebê regurgita ou até quando é amamentado. Já para bebês de seis meses a um ano, o risco maior é de sufocamento por ingerir pequenos materiais. “É a época de introdução da alimentação e eles podem engasgar com pedaço maior de alguma coisa, por exemplo, um pão que a mãe dá na mão dele”, conta. Um pouco mais velhos, por volta dos nove meses, o risco é colocar na boca objetos como pequenos brinquedos.
Pais de bebês que nasceram com dificuldade de respiração devem tomar cuidado ainda maior. Segundo Dra. Ana Escobar, é importante cuidar da posição que essas crianças são colocadas nas cadeirinhas de segurança de carros e na hora de dormir. “Tem que prestar atenção na posição da cabeça, se ela está torta, ou caso o bebê esteja deitado, se ela está muito virada”, alerta. “Sempre se deve evitar deixar o bebê de bruços e tem que ter muito cuidado na hora de comer, porque ele tem que coordenar a respiração com deglutição e aí o engasgo é mais fácil de acontecer.”