quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Suspeito de atirar na própria mãe diz que queria matar primo por causa de R$ 10


O suspeito de matar sua própria mãe com um tiro de espingarda no município de Riachão do Jacuípe, a 50 km de Serrinha, alegou que o disparo foi acidental.

Segundo o delegado Sérgio de Araújo, o suspeito, identificado como Liosmário Santos de Jesus, foi encontrado na tarde de segunda-feira (28) pela Polícia Militar. Ele estava em um posto de lavagem às margens da BR-324, ainda em Riachão do Jacuípe.

Ainda segundo o delegado, Liosmário contou, em depoimento, que pegou a arma para assassinar seu primo, que lhe devia R$ 10 e teria dito que não tinha interesse em efetuar o pagamento.

O suspeito contou sua intenção para a mãe, Maria Martina Santos de Jesus, 59 anos, que tentou impedir o ato criminoso. A vítima tentou tomar a espingarda das mãos de Liosmário, que acabou disparando a mesma. Martina foi atingida no peito e morreu na hora.

Ainda na delegacia, o suspeito disse que fugiu depois do crime, que aconteceu no domingo, para uma fazenda, onde passou a noite em um matagal. Ele está preso na delegacia de Riachão do Jacuípe à disposição da Justiça.

Aumento do mínimo ‘não vai ser positivo’ para prefeituras, diz presidente da UPB

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira (29) o decreto que fixa o salário mínimo de 2016 em R$ 880 (leia mais aqui). Entretanto, o reajuste de 11,6% - o valor atual é de R$ 788 – preocupa as prefeituras baianas, que têm sentido na pele os efeitos da crise econômica que atinge o país. O cenário nos municípios, que já é de baixa arrecadação e demissões pode se agravar ainda mais com o aumento do salário mínimo, caso a expectativa de receita não siga lado a lado com o reajuste. Esta é avaliação da presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria.

Para ela, a repercussão da alta no salário mínimo nos cofres municipais “não vai ser positiva”. Também prefeita de Cardeal da Silva, a presidente da UPB projeta um cenário sombrio para o ano que vem. “A gente já está numa situação difícil. A tendência é reduzir um pouco mais o quadro de funcionários. A situação é preocupante. Não sei como a gente vai arcar com esses aumentos que são lei”, afirmou em entrevista nesta terça ao site Bahia Notícias.

Ainda segundo ela, com a crise na arrecadação, o ano de 2016 “não vai ter contratação”. Na avaliação da presidente da UPB, os problemas econômicos não só afetam os municípios, mas têm impacto negativo direto na avaliação popular dos prefeitos e em suas tentativas de emplacar reeleição ou eleger sucessores nas eleições municipais. “Por ser ano de eleição, isso pode influenciar na aprovação dos prefeitos. Isso tá influenciando diretamente na situação política dos prefeitos”, avaliou.

Com prefeitos vivendo uma onda na rejeição de contas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) (veja mais aqui), Maria Quitéria culpa a situação também pela baixa arrecadação, já que, segundo ela, mesmo com cortes de pessoal e em adendos na folha de pagamento, os gestores não conseguiram reconduzir as despesas com pessoal ao teto de 54%, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. A violação deste limite foi a principal causa da rejeição das contas de 2014 de inúmeras prefeituras baianas.

“Ninguém aumentou o número de funcionários nas prefeituras, não se conseguiu atingir o índice de pessoal porque a receita caiu muito, por falta de repasses do governo federal. O TCM tem tido sensibilidade quanto a isso. Muitos prefeitos cortaram horas extras, gratificações, cortaram tudo, mas não conseguiram reduzir as despesas com pessoal”, explicou.