Geovane foi enterrado na cidade de Serra Preta. (Foto: Reprodução/TV Subaé)
O corpo de Geovane Mascarenhas de Santana, que tinha desaparecido após abordagem de policiais militares
e foi encontrado morto em Salvador, foi sepultado por volta das 12h
deste domingo (24), em Serra Preta, a 155 km de da capital baiana.
A cerimônia reuniu amigos e familiares, que saíram de Salvador em dois ônibus fretados, além de carros particulares. Cerca de 400 pessoas acompanharam o sepultamento.
Geovane, de 22 anos, desapareceu no dia 2 de agosto e os restos mortais dele foram encontrados no dia 3. O rapaz foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados. Os três policiais que abordaram Geovane foram identificados e presos. A causa da morte está sendo investigada.
Defesa
Os policiais suspeitos prestaram depoimento por cerca de onze horas na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o coronel Alfredo Castro, os PMs afirmam que o rapaz foi abordado por ter características semelhantes às de um assaltante que teria roubado uma mulher na região da Calçada.
Os policiais suspeitos prestaram depoimento por cerca de onze horas na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o coronel Alfredo Castro, os PMs afirmam que o rapaz foi abordado por ter características semelhantes às de um assaltante que teria roubado uma mulher na região da Calçada.
Imagens flagraram ação violenta de policiais
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Eles sustentam que levaram Geovane até a
mulher, mas ela não o reconheceu como o ladrão e depois disso ele foi
liberado. “Eles já foram ouvidos várias vezes na Corregedoria e duas na
Polícia Civil, e sustentam a mesma versão”, destaca o coronel. A PM deve
concluir a investigação em 30 dias.
Os três policiais suspeitos são Cláudio
Bonfim Borges, Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende. Um
deles é subtenente, com mais de 20 anos de atuação, e era comandante da
guarnição. Os demais têm 11 e 14 anos de polícia.
A justiça decretou a prisão temporária
dos três, por 30 dias, para evitar intimidação a testemunhas e a
familiares da vítima, e que se percam provas do crime, segundo o
delegado-chefe Hélio Jorge.
Caso
Geovane Mascarenhas de Santana desapareceu após uma abordagem policial no dia 2 de agosto, na Calçada. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança de um prédio do local da ação. A família fez buscas por mais de 10 unidades de polícia e denunciou o caso à imprensa.
Geovane Mascarenhas de Santana desapareceu após uma abordagem policial no dia 2 de agosto, na Calçada. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança de um prédio do local da ação. A família fez buscas por mais de 10 unidades de polícia e denunciou o caso à imprensa.
As imagens mostram o momento em que
Geovane, que estava em uma motocicleta, desce do veículo após uma
abordagem policial. Pelas imagens, três policiais descem de uma viatura,
sendo que um deles desfere um tapa no rosto do jovem, que estava com as
mãos para o alto. Logo após, um outro PM chuta as pernas do jovem, que
cai ajoelhado.
Ainda conforme as imagens, o jovem é
revistado e conversa com um dos PM’s, sendo que em seguida a moto dele é
vistoriada. Durante a ação, algumas pessoas passam pelo local. Após a
averiguação do veículo, um policial tira a moto da rua. Enquanto isso,
as imagens mostram o porta-malas da viatura sendo aberto e depois
fechado. O rapaz não aparece mais nas imagens. Toda a ação dura seis
minutos.
Extraída do G1