O instrutor de voo livre havia sido preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou preso. A Indonésia pune o tráfico de drogas com pena de morte.
O brasileiro teve dois pedidos de clemência negados. Ele passou as últimas horas na penitenciária de Nusakambangan, na ilha de Java, onde a sentença foi executada. Antes de morrer, ele recebeu a visita de familiares.
Pedido de clemência
O governo indonésio não cedeu aos apelos feitos pela presidente Dilma Rousseff, que ligou para o presidente Joko Widodo na sexta-feira (16). A presidente também pediu pela vida de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, condenado por tráfico e que tem condenação prevista para o mês que vem.
Widodo insistiu que não perdoaria as condenações à morte por delitos relacionados com o tráfico de drogas e respondeu que “não poderia comutar a sentença” uma vez que tinham sido cumpridos todos os trâmites legais.
O assessor especial da Presidência da República para
assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou que o governo
brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do
brasileiro. "Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno
dossiê sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à
Secretaria de Estado do Vaticano para que sua Santidade pudesse
interceder em favor de uma atitude de clemência do governo indonésio",
disse.O governo indonésio não cedeu aos apelos feitos pela presidente Dilma Rousseff, que ligou para o presidente Joko Widodo na sexta-feira (16). A presidente também pediu pela vida de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, condenado por tráfico e que tem condenação prevista para o mês que vem.
Widodo insistiu que não perdoaria as condenações à morte por delitos relacionados com o tráfico de drogas e respondeu que “não poderia comutar a sentença” uma vez que tinham sido cumpridos todos os trâmites legais.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma carta ao chefe do Ministério Público da Indonésia para pedir que o governo daquele país adiasse por oito semanas a execução de Marco Archer. Segundo a PGR, o adiamento por oito semanas daria ao Ministério Público do Brasil e ao da Indonésia um tempo mínimo para tentar uma cooperação entre os dois países e aliviasse a situação dos brasileiros. Também pretendia conseguir um acordo mais amplo para solução de futuros casos semelhantes.
Mais executados
Além do brasileiro, outros cinco estrangeiros e uma mulher indonésia foram condenados à morte por tráfico de drogas e executados por um pelotão de fuzilamento, apesar dos vários apelos internacionais.
O governo holandês pediu clemência por seu cidadão, Ang Kiem Soei, mas a Indonésia informou que "não vai mudar ou atrasar a execução" no domingo, disse o porta-voz da Procuradoria Geral Tony Spontana. As execuções foram realizadas aos pares, mas em locais diferentes.
Spontana disse que os outros dois condenados estrangeiros - Namaona Denis de Malawi e Nigéria Daniel Enemuo - junto a uma indonésia, Rani Andriani, foram transferidos para celas de isolamento no sábado.
Para a Anistia Internacional, as execuções são um revés para a promessa do novo governo indonésio de melhorar o respeito pelos direitos humanos no país. A Indonésia tem leis extremamente rigorosas sobre drogas e muitas vezes executa os contrabandistas. Há mais de 138 presos no corredor da morte, a maioria por crimes de drogas. Cerca de um terço deles são estrangeiros.
Além do brasileiro, outros cinco estrangeiros e uma mulher indonésia foram condenados à morte por tráfico de drogas e executados por um pelotão de fuzilamento, apesar dos vários apelos internacionais.
O governo holandês pediu clemência por seu cidadão, Ang Kiem Soei, mas a Indonésia informou que "não vai mudar ou atrasar a execução" no domingo, disse o porta-voz da Procuradoria Geral Tony Spontana. As execuções foram realizadas aos pares, mas em locais diferentes.
Spontana disse que os outros dois condenados estrangeiros - Namaona Denis de Malawi e Nigéria Daniel Enemuo - junto a uma indonésia, Rani Andriani, foram transferidos para celas de isolamento no sábado.
Para a Anistia Internacional, as execuções são um revés para a promessa do novo governo indonésio de melhorar o respeito pelos direitos humanos no país. A Indonésia tem leis extremamente rigorosas sobre drogas e muitas vezes executa os contrabandistas. Há mais de 138 presos no corredor da morte, a maioria por crimes de drogas. Cerca de um terço deles são estrangeiros.