terça-feira, 2 de setembro de 2014

Dinheiro público jogado no mato: Estação de Tratamento é construída e abandonada pela DESO

O Sindicato dos Servidores da Companhia de Saneamento de Sergipe (SINDISAN) está denunciando o abandono de uma obra localizada no Povoado Porto Grande, município de Nossa Senhora do Socorro. O prédio, que deveria está funcionando o laboratório da empresa estadual, está servindo de abrigo para usuários de drogas.
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De acordo com o sindicato, vários equipamentos, como válvulas-gaveta nunca foram usados e já estão se deteriorando com o tempo. O sindicato questiona o responsável pelos prejuízos causados à empresa e ao erário público.
“Lamentavelmente, vimos denunciar, através de fotos e também com a nossa presença ao local, a forma muito estranha com que a ETA Porto Grande, em Socorro, foi abandonada sem nem sequer ter sido concluída a obra. Causa espanto ver a quantidade de válvulas-gaveta de 150mm nunca antes usadas, já começando a ficar deterioradas pelo tempo. O prédio onde funcionaria o laboratório está totalmente deteriorado. Encontramos dentro do mesmo uma imensa quantidade de projetos da obra abandonada e também de outras obras nunca concluídas”, denuncia.
O sindicato levanta várias hipóteses e questiona o valor integral da obra, como também o silêncio da Companhia Estadual.
“O SINDISAN tem muitas perguntas: Por que esta obra nunca foi concluída? Será que foi paga integralmente? Para quê serviria e beneficiou a quem? E por que foi abandonada? Por que a DESO nunca se pronunciou sobre este fato? E mais: a DESO não precisa daquelas válvulas novíssimas, se estragando com o tempo? Quem é o irresponsável causador de tamanho prejuízo para a companhia? E como justificar para a sociedade tamanha irresponsabilidade com o dinheiro público?”, indaga, acrescentando que uma das prerrogativas do sindicato é a fiscalização.
“Ao SINDISAN cabe fiscalizar e denunciar a quantidade infindável de mazelas no estado afora. Esperamos que um dia alguém da Diretoria da DESO assuma sua responsabilidade e tente, embora seja muito difícil, justificar o total absurdo reinante dentro da esfera administrativa da companhia”.