Enqeuete foi publicada na edição desta terça-feira (30) do Diário do Nordeste
Para o cientista político e professor do curso de direito da Universidade de Fortaleza (Unifor) Josênio Parente, a decisão do voto pela questão da segurança ganha sentido uma vez que no Ceará, o tema é visto pela população como um setor deficiente. "A questão da segurança é a que mais tem afetado os eleitores e a população em geral porque é o tema que mais incomoda e interfere a qualidade de vida que se perde quando falta este serviço. No Ceará, isso não é só uma impressão é um fato real", afirmou Josênio.
Para o professor, o fato tem sido analisado com ênfase pelos candidatos ao cargo de governador do Estado. "As campanhas tem se virado contra isso. As promessas são bastante significativa porque a segurança pública vai afetar as pessoas que são suscetíveis a ela", concluiu.
No programa de governo dos quatro que disputam o cargo de chefe do executivo estadual, o assunto é tratado com ênfase e estão incluídos em seus projetos desde a ampliação de batalhões especializados, até a bonificação para profissionais da categoria e reestruturação do setor especializado.
No Estado, dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) mostram que, até o mês passado, 2.963 pessoas haviam sido vítimas em crimes de homicídio doloso (quando há a intenção de matar), latrocínio (roubo seguido de morto) e lesão corporal.
Indecisos decidirão voto de ultima hora
Segundo pesquisa Ibope encomendada pelo Sistema Verdes Mares e divulgada no ultimo dia 24 de setembro, 8% dos eleitores ainda não decidiram em quem votar. 7% deles afirmaram que teriam o voto nulo ou em branco.
Este tipo de voto é o que mais desperta a atenção dos candidatos e mesmo que o resultado do levantamento mostre a preocupação da maioria dos participantes, indecisos e brancos tendem a se decidir somente em cima da hora. "A candidatura do governo é a que mais atinge a população. Mesmo assim, é na ultima hora em que os eleitores indecisos, vão escolher em quem votar. E até lá, as propagandas eleitorais que investirem neste assunto, podem sim gerar influência", ressalta o professor.