Dois dias após um confronto entre torcidas que
deixou quatro feridos durante a partida entre Atlético-PR e Vasco, a
torcida organizada do Atlético-PR, chamada de Os Fanáticos, está
proibida de frequentar estádios em todo o país por seis meses. O uso de
camisetas, bandeiras, faixas e instrumentos musicais que identifiquem Os
Fanáticos está vetado.
Os torcedores poderão ir aos jogos individualmente,
mas sem alusões à organização. A decisão foi tomada em acordo entre o
Ministério Público do Paraná e a torcida, na manhã de hoje. A referência
foi o Estatuto do Torcedor, que prevê que “a torcida organizada que
promover tumulto, praticar ou incitar a violência” será impedida de
comparecer a jogos. A punição vale até junho de 2014.
Caso
haja descumprimento, a organização será multada em R$ 20 mil por
partida. A direção da torcida ainda não se manifestou sobre o acordo,
mas, em nota divulgada ontem, sustentou que os atleticanos que estavam
na partida entre Vasco e Atlético-PR, válida pela última rodada do
Campeonato Brasileiro, “partiram para cima dos invasores em legítima
defesa”.
“Era necessária uma reação para evitar um confronto
ainda maior”, diz a nota, que ainda chama a atenção do Ministério
Público e da Polícia Militar por não terem providenciado policiamento
nas arquibancadas. “Era uma tragédia anunciada”, afirma a organização.
Estádio
Também ontem, o Ministério Público de Santa Catarina divulgou que pede na Justiça a interdição da Arena Joinville. De acordo com a Promotoria, há “irregularidades estruturais” no local, como a falta de uma contenção eficiente entre as torcidas adversárias e a ausência de um espaço adequado para o monitoramento das partidas pela PM. Proposta no início deste mês, a ação pede que o estádio fique interditado até que as falhas sejam sanadas.
Também ontem, o Ministério Público de Santa Catarina divulgou que pede na Justiça a interdição da Arena Joinville. De acordo com a Promotoria, há “irregularidades estruturais” no local, como a falta de uma contenção eficiente entre as torcidas adversárias e a ausência de um espaço adequado para o monitoramento das partidas pela PM. Proposta no início deste mês, a ação pede que o estádio fique interditado até que as falhas sejam sanadas.