William Batista, 19 anos, foi o último dos quatro feridos a deixar hospital.
Ele teve fratura no crânio em confusão que paralisou jogo no domingo (8).William Batista sofreu fratura craniana após briga
(Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
Depois de ficar cinco dias internado com diagnóstico de fratura no
crânio, William Batista da Silva, de 19 anos, recebeu alta no final da
manhã desta sexta-feira (13). A informação foi divulgada pelo Centro
Hospitalar Unimed, de Joinville,
no Norte de Santa Catarina. O jovem ficou gravemente ferido durante uma
briga entre torcidas do Atlético-PR e Vasco da Gama, na Arena
Joinville, no último domingo (8). Outras três pessoas chegaram a ser
internadas, mas foram liberadas horas depois.Durante a partida pela 38ª rodada da Série A, uma briga generalizada entre torcedores na arquibancada do estádio paralisou o jogo aos 17 minutos do primeiro tempo. Ao todo, quatro pessoas ficaram feridas. Até as 17h de quinta (12), a Polícia Civil havia identificado 40 torcedores envolvidos na confusão. Outros 20 nomes estão sendo investigados.
Torcedor do Atlético-PR, William teve vários hematomas na cabeça e chegou a apresentar sangramento no ouvido, que foi controlado pelos médicos. O pai dele, Cidinei Batista da Silva, disse que o filho não faz parte de nenhuma torcida organizada. “Ele (William) contou que entrou na briga por impulso. Ele estava ali perto na hora em que tudo começou e eu acho que ele entrou na onda”, comentou.
Salvo pela torcida do Vasco
O rapaz, que vive em Curitiba, relatou ao pai que apanhou muito na cabeça. A família percebeu isso ao visitá-lo no quarto. “Ele ficou imobilizado do pescoço para cima e havia muitos hematomas nessa região. Parece que pisaram no pescoço dele. Ele sentia dor nas pernas, mas não vi hematomas ali”, informou.
Segundo Cidinei, o filho disse que foi salvo pela própria torcida do Vasco. "Eles falaram 'já está morto, já está morto' e jogaram ele de volta”, disse William ao pai. A família se revezou para visitar e acompanhar a evolução do jovem. A mãe dele também esteve no hospital, mas preferiu não falar. Durante a semana, ele apresentou quadro estável, mas que exigia cuidados.