quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

José de Abreu fala sobre papel em A Regra do Jogo: "Gosto da polêmica, eu a alimento"

José de Abreu fala sobre papel em A Regra do Jogo: "Gosto da polêmica, eu a alimento" Tata Barreto / TV Globo/TV Globo
Foto: Tata Barreto / TV Globo / TV Globo


José de Abreu não poderia estar em A Regra do Jogo por acaso. Até meados do capítulo 100, Gibson não fazia a menor diferença na trama, mas João Emanuel Carneiro estava preparando uma surpresa para os telespectadores.
Revelado como o Pai da facção criminosa que comanda tudo na novela, Gibson cresceu e já mostrou que é capaz de qualquer crueldade, inclusive contra a própria família. Tudo, segundo ele, em nome de uma "causa" maior.
Na vida real, ao contrário da ficção, José de Abreu deixa bem claras suas convicções partidárias e já se envolveu em algumas brigas virtuais por conta disso.  Na mira dos críticos das redes sociais, o ator contou ao EGO que não se incomoda com as mensagens mais exaltadas:
— Não me sinto ofendido, só me defendo. Gosto da polêmica, eu a alimento. Um deputado do Rio Grande do Sul escreveu no Twitter que sou o chefe da facção (na novela) porque sou o chefe da quadrilha do PT e que o avô é o Lula.
José de Abreu se refere à discussão virtual com o deputado santa-mariense Jorge Pozzobom (PSDB), no início de janeiro. O parlamentar acusou o ator de ser "garoto-propaganda do PT", referindo-se à falsidade do personagem de A Regra do Jogo.
As críticas, garante ele, ocorrem em qualquer tipo de personagem, não são mérito do Pai da facção, vêm desde a época do catador de lixo Nilo, em Avenida Brasil:
— Se estou no lixão é porque estou no PT e o PT é o lixão. Se sou rico, é porque o Gibson roubou. Aí revelou que ele é o pai e começaram a dizer que o PT é a facção. Esse clima de Fla-Flu que está no Brasil provoca isso.
As falas de Gibson em cena podem ser um choque para o público, mas o ator garante que até se diverte com as teorias radicais de seu personagem:
— Ele não é um coxinha, é um coxão! Coxão de peru (risos)! E isso é genial! Às vezes leio o texto e penso que o João tirou aquilo do Twitter.
Críticas à parte, Gibson é um grande personagem, daqueles capaz de causar náuseas no telespectador apenas por entrar em cena. Um vilão sem escrúpulos, sem limites, como A Regra do Jogo estava precisando. Afinal, Romero (Alexandre Nero) sempre ficou em cima do muro, Atena (Giovanna Antonelli) tem na paixão pelo ex-vereador seu ponto fraco, Zé Maria (Tony Ramos) é um bandido apegado aos filhos e rumo à redenção. Orlando (Eduardo Moscovis), o mais próximo de um vilão de verdade nessa novela, já partiu dessa pra uma pior. Sobrou Gibson, um malvado digno (ou indigno, no caso) de entrar na galeria dos grandes vilões do horário nobre. 
* Diário Gaúcho