O zelador Francisco da Costa, suspeito
de matar o motoboy Julio César Galvão, disse em depoimento à polícia na
tarde desta quinta-feira (10) que mantinha um caso extraconjugal com a
mulher da vítima e que a briga aconteceu porque o marido descobriu a
traição.
Segundo ele, o caso com Kátia Gonçalves,
de 28 anos,começou em janeiro e que há 20 dias o marido descobriu ao
mexer no celular dela. O motoboy então ligou para o zelador, que
confirmou tudo. Os dois marcaram um encontro para tirar satisfações. O
zelador disse ainda que Kátia, inicialmente, afirmou que estava
separada.

O motoboy foi morto nesta quinta-feira (9) após ser baleado na cabeça e no tórax durante uma briga, rua
Apinajés, em Perdizes, na zona oeste da capital. Francisco se entregou à
polícia e chegou no 23º DP acompanhado de um advogado e de boné para
esconder o rosto.
Uma das versões para o crime seria a de
que Francisco assediava a mulher de Julio. Kátia afirmou em depoimento
que o marido marcou um encontro com o zelador para esclarecer a situação
que já durava meses. Ela não confirmou que tinha um caso com ele.
Segundo Luiz Galvão, pai de Julio, o
filho nunca comentou que o zelador havia assediado Kátia. Ele acusou
ainda a nora de ter um caso com o zelador e ter armado uma emboscada.
Para a família da vítima, Kátia e o zelador mantinham o caso e decidiram
matar o motoboy.
— Alguma coisa tem de errado. Eu dou quase certeza que meu filho foi vítima de emboscada.
O casal estava em uma moto quando
começou a briga. O motoboy chegou a ser levado para o Hospital das
Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
Extraída do R7