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Entre as 312 páginas do livro "Fala, Galvão", Galvão Bueno, grande
ícone da narração esportiva, fala sobre um momento que não foi muito bom
para a sua carreira. Em 2010, durante a Copa do Mundo da África do Sul,
o narrador sofreu com a campanha "Cala a boca, Galvão".
Na biografia, Galvão fala que a repercussão foi assustadores e comparou
o caso a um míssil nuclear, mas que conseguiu superar o caso.
“O ‘Cala a boca, Galvão!’ foi uma das coisas mais incríveis que me
aconteceram nesses anos todos de estrada. Foi como se um míssil nuclear
tivesse caído na minha cabeça”, diz.
Segundo o narrador, a saída para superar o caso era se juntar a campanha e levar na esportiva e brincar ao vivo com o assunto.
“Levei a brincadeira adiante e disse para Tiago Leifert: “Ayrton Senna
deve estar rolando de rir em algum lugar, porque ele só me chamava de
papagaio”. “Cala a boca, Galvão!”, dizia o Tiago. “Quer saber de uma
coisa? Eu não vou calar a boca, nada, eu vou é falar.” Aí virou um
grande barato, uma grande curtição. Um troço que poderia prejudicar meu
trabalho naquela Copa acabou me fazendo muito mais bem do que mal, e
acho que foi por causa da forma como nós abordamos a coisa toda. Todo
mundo queria saber que papagaio era esse, quem era esse tal de Galvão e
por que ele tinha que calar a boca. Na manhã seguinte, acordei dizendo:
“Vou falar à beça nessa Copa do Mundo”. E falei. Foi um míssil que
explodiu, mas eu saí ileso”.