O
sequestro de 276 meninas pelo grupo extremista Boko Haram na Nigéria,
as decapitações de jornalistas e voluntários de ajuda humanitária por
militantes do grupo que se autodenomina "Estado Islâmico" e o
assassinato a sangue frio de mais de 130 crianças em uma escola de
Peshawar pelo Talebã foram alguns dos atos de terrorismo que marcaram o
ano de 2014.
Mas diante do crescimento de atos de extremismo como esses, é necessário fazer várias perguntas antes do início de 2015.Estamos vivendo em um mundo menos seguro há um ano por causa do extremismo? O que aprendemos sobre a natureza do extremismo terrorista e o que ele nos diz sobre como será o futuro?
A primeira observação importante a se fazer aqui é a de que esses grupos não surgiram de repente em 2014 e se tornaram organizações sanguinárias.
O que mudou é que agora o mundo ocidental se deu conta dos horrores praticados por eles.
Táticas brutais
Abu Musab al-Zarqawi já havia mostrado seu gosto pelas decapitações em 2004, quando fundou a Al-Qaeda no Iraque – que eventualmente se converteu no "Estado Islâmico" (EI).Muito tempo depois de sua morte, em 2006, o grupo ampliou bastante seus métodos repulsivos. Por exemplo, em junho de 2013, decapitou dois homens em público.
O Vaticano identificou uma das vítimas como um padre católico, mas depois isso foi desmentido por várias fontes.
O fato é que horrores parecidos com os que o "EI" tem cometido agora acontecem há mais de uma década sem que ninguém dê atenção a eles.
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