A partir de 1870 iniciou-se no Brasil um movimento para por fim ao longo período de império, pois o país vivia sob a dominação da corte portuguesa; o movimento republicano se consolidou com a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, com a queda de D. Pedro II.
Foram mais de vinte anos de luta, onde jornalistas, intelectuais, advogados políticos e profissionais liberais defendiam um regime de governo presidencialista, representativo e descentralizado, fazendo também um trabalho de politização da população do país. Em 1873, com a fundação do Partido Republicano Paulista (PRP), deram maior consistência ao movimento, recebendo grande apoio da população, mas sabiam que travariam muitas lutas até conseguirem mudar o regime de governo do Brasil.
Aos poucos os ideais republicanos foram sendo delimitados, se fortalecendo, conquistando novos adeptos, recebendo apoio de militares positivistas, que acreditavam na união dos mesmos com a força popular.
Os escravocratas deixaram de apoiar o imperador, em razão da abolição da escravatura, onde tiveram grandes perdas financeiras. Solicitaram indenização ao imperador, em virtude da libertação dos negros que haviam sido comprados, mas o mesmo não acatou suas imposições.
Além dessa perda, os barões tinham que pagar pela mão de obra dos imigrantes, que assumiram os afazeres dos escravos libertos, deixando de ser a base política de D. Pedro II.
Com a guerra do Paraguai, soldados brasileiros fizeram contato com soldados uruguaios e argentinos, encorajando-os a lutarem pela implantação do sistema republicano de governo.
Outra dificuldade do imperador foi com a igreja católica, após o mesmo nomear dois bispos como seus subordinados, com ordens que iam contra os princípios religiosos dos mesmos, motivo pelo qual não aceitaram as imposições. Isso causou grande problema nas relações de D. Pedro II com a igreja, após ter decretado pena de prisão para os bispos.
Na verdade, as pressões contra o governo eram muitas. O imperador sabia que sua situação como governante não estava sendo bem vista pela população.
Com o afastamento de D. Pedro II, numa viagem para Petrópolis, os republicanos aproveitaram para dar o golpe e derrubar o trono do imperador.
O Marechal Deodoro da Fonseca foi o responsável pela Proclamação da República do Brasil, declarando-a no dia 15 de novembro de 1889, na Praça da Aclamação, no Rio de Janeiro.
Montaram um governo provisório, tendo o militar como o primeiro presidente do Brasil, sendo apoiado pelos ministros Rui Barbosa, Benjamin Constant, Campos Sales e outros.