A
desigualdade entre as grandes cidades brasileiras diminuiu nos últimos
dez anos, de acordo com um estudo divulgado pelo IPEA, PNUD e Fundação
João Pinheiro; sendo que do tripé de quesitos considerados ─
longevidade, renda e educação ─ o último foi o que apresentou maior
crescimento em todas as 16 regiões metropolitanas sob análise.
Principal
responsável por alavancar o crescimento do IDHM (Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal) nas grandes cidades, o fator educação é
medido pelas instituições com base em dois aspectos: a escolaridade dos
adultos já fora do sistema educacional, e a frequência escolar de
crianças e jovens às séries corretas com suas idades.Em São Paulo, região com maior IDHM do país, de 0,794, a educação cresceu 0,131. Já em Manaus, região com menor IDHM do país, o mesmo aspecto teve crescimento de 0,222.
A escala usada pelo índice vai de 0 a 1, sendo que um IDHM entre 0 e 0,499 é considerado como "muito baixo", entre 0,500 e 0,599, "baixo"; entre 0,600 e 0,699, "médio"; entre 0,700 e 0,799, "alto" e entre 0,800 e 1, "muito alto".
Os dados são do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e da Fundação João Pinheiro, a partir de dados dos Censos do IBGE de 2000 e 2010.
Para os autores do estudo, um dos aspectos mais positivos dos resultados é a diminuição do vão entre as duas regiões. Apesar de reconhecer problemas e a manutenção das disparidades, segundo o estudo, o país tem se tornado cada vez menos desigual.
"A tendência é importante. Estamos nesses últimos anos numa rota de redução da desigualdade, e a continuidade dessa trajetória é crucial. Ainda que haja diferenças, o nível de desenvolvimento humano da sociedade brasileira aumentou", avalia Marco Aurélio Costa, economista do IPEA, e um dos autores da pesquisa.