terça-feira, 30 de junho de 2015

Riachão: MPF requer condenação da prefeita por improbidade; gestora emite nota e diz que transferências feitas pela gestão anterior desqualificam denúncia


Prefeita diz que informações não se coadunam com a realidade
Prefeita diz que informações não se coadunam com a realidade
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou ação civil pública por improbidade administrativa contra a prefeita de Riachão de Jacuípe, Tânia Regina Alves de Matos (PDT). A medida, que requer a condenação da gestora, foi motivada pela contratação sem comprovação de despesa de procedimentos médicos remunerados pelo SUS, referente à Fundação de Saúde e Assistência Social do Município.
A denúncia foi apresentada ao MPF pelo vereador Hugo Francisco da Silva Melo (Hugo de Rene), e comprovada através do Sistema Nacional de Auditoria (SNA). Durante a investigação, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) elaborou relatório de auditoria realizada no Hospital Municipal Fusas de Riachão de Jacuípe, durante o exercício de 2014, referente ao período de 2013.
 A partir do processo de investigação, foram detectadas irregularidades nos procedimentos de radiologia, quando não houve a comprovação da realização de procedimentos e apresentação de laudos exigidos por lei. Em razão da falta de comprovação de R$ 676 mil gastos com recursos públicos, além de R$ 348 mil referente a outras contas, foi proposta pela Justiça a devolução total que alcança R$ 986 mil.
 Além da gestora municipal, a ação é direcionada à diretora presidente da Fundação de Saúde e Assistência Social (Fusas), Daniela de Souza Xavier Carneiro; a ex-diretora presidente da Fundação, Edneia Rios Lima; as ex-secretárias municipais de Saúde, Luciana Carneiro de Oliveira e Maria Jussara de Jesus Oliveira; e a atual secretária municipal de Saúde, Rose Meire das Mercês. (Fonte: Bocão News).
 Prefeita emite NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Prefeita Municipal de Riachão do Jacuípe, através da sua Assessoria Jurídica, vem manifestar-se acerca da matéria veiculada imprensa quanto a ação de Improbidade Administrativa distribuída contra a Gestora e demais membros do Governo.
 A ação se baseasse da denúncia de cunho político partidário do Sr. Hugo Francisco, que ensejou na auditoria realizada pelo Ministério da Saúde.
 A mesma detectou inconformidades com alguns procedimentos, oportunizando aos envolvidos prazo para apresentar justificativa do quanto apresentado.
 Em último ofício recebido de nº 665/2015/DAB/SAS/MS, foram requeridas informações apenas da constatação de nº 331011, uma vez que as demais inconformidades foram devidamente justificadas e aceitas no relatório de auditoria, onde versa sobre transferências efetuadas da Agência do Branco do Brasil nº 0684-x, Conta Corrente nº 26.252-8/PAB/ACS/ESF/ESB/NASF, sem identificar a destinação e sem comprovação das despesas efetuadas no valor de R$ 676.927,45 (seiscentos e setenta e seis mil novecentos e vinte e sete reais e quarenta e cinco centavos).
Como devidamente comprovado na justificativa, em resposta ao referido ofício, tal montante se perfez em decorrência de duas situações. A primeira diz respeito a transferências programadas pela gestão anterior debitadas em conta no dia 03/01/2013. Embora sendo no exercício da atual Prefeita, tais transferências ocorreram com programações realizadas pelo antigo gestor da pasta, não se sabendo até o momento como o Banco do Brasil autorizou tais débitos sem que houvesse deixado dinheiro em caixa para cobrir tais movimentações.
 Tais transferências já vêm sendo matéria de investigação pelo Ministério Público Federal, através de Representação já elaborada pelo corpo Jurídico da Prefeitura Municipal e será peça de fundamentação na defesa nos autos de Denuncia contra a Gestora.
 Já o segundo valor diz respeito a transferências realizadas para pagamento de verbas devidas, a exemplo de ISS de prestadores de serviços, Imposto de Renda, entre outras fontes. Ressalta-se que tais transferências foram realizadas entre contas do Município, ou seja, são recursos transferidos da conta do Fundo de Saúde para conta de Recursos Livres, dada a natureza das verbas.
 Portanto, a situação transcrita da matéria, muito embora confusa, traz informações que não se coadunam com a realidade fática e que será devidamente esclarecido e comprovado na defesa dos autos, com manifestação inclusive do Ministério da Saúde pois já se encontra de posse de toda documentação.
 A Prefeita e seus demais colaboradores prezam pela ética e moralidade pública, de modo que o quanto denunciado será demonstrada a lisura com o erário público.
 Nota da redação:
O texto da matéria é cópia de publicação anterior, que traz, equivocadamente, Hugo Francisco da Silva Melo (Hugo de Rene) com vereador. Na Câmara de Riachão do Jacuipe não existe nenhum vereador com este nome. Das duas, uma: ou Hugo de Rene aproveita-se de um órgão de comunicação distante para se passar pelo o que não é, ou as pesquisas foram mal conduzidas.
Extraída do Interior da Bahia