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Conversando
com irmãos em Cristo sobre as razões de haver tantos casamentos
desfeitos ou infelizes entre cristãos, chegamos à conclusão de que
muitos tanto dos que têm fé em Jesus quanto dos que não têm estão se
casando pelas razões erradas. Pelas estatísticas do IBGE, a porcentagem
de divórcios entre cristãos e não cristãos no Brasil é igual. No
passado, os casamentos eram negociações entre famílias, em que os pais
arranjavam a união de seu filhos visando à manutenção de riquezas ou a
ampliação de fortunas, os maridos arranjavam amantes, as esposas
cuidavam dos filhos e tudo seguia como mandava o figurino da época. Era
uma relacionamento utilitário em sua grande maioria. Mas do século
passado para cá os indivíduos se emanciparam, o sexo feminino foi para o
mercado de trabalho, elas se tornaram e consumidora e eleitoras e tudo
mudou. O que passou a ditar a escolha do marido ou da esposa passou a
ser, em teoria, mas essencialmente, o sentimento. Homens passaram a se
casar não mais com a filha do homem mais rico da região, mas sim com
aquela que fazia seu coração acelerar. Já elas passaram a votar,
trabalhar, consumir e dispensaram o dote, tomando como razão de seus
relacionamentos o sentimento.
Ou não?
Por que não? Bem, até aqui falamos da sociedade como um todo. Mas agora
pensemos somente na igreja, que tem valores e práticas diferentes do
mundo. Ou… deveria ter. Porque nem todas as servas e os servos de Deus
estão baseando seu relacionamento naquela que biblicamente é a motivação
maior do casamento: o amor. Semana passada, durante três dias, lancei
uma enquete aqui no APENAS com duas perguntas: “Qual deve ser a grande
motivação de um cristão para se casar?” e

“Se
o cristão não encontrar uma pessoa que preencha o quesito que você
apontou ele deve aguardar solteiro pelo tempo necessário ou deve
casar-se assim mesmo?”. Naturalmente eu sei que essa está longe de ser
uma pesquisa feita com metodologias cientificas, mas ao mesmo tempo o
anonimato dos votantes garantiu que entre os 3.910 irmaos e irmãs que
votaram houve sinceridade nas respostas. Ou seja: não clicaram na opção
politicamente correta (a versão oficial, aquilo que falam para a
família, a igreja e a sociedade), mas sim o que de fato as (os) motiva a
se unir a alguém em matrimônio. Lembre-se: estamos falando de crentes. E
aí voltamos ao “por que não?”. Porque, ao contrário do que um irmão do
twitter, por exemplo, comentou, que “é lógico que todos vão votar na
opção amor“, houve surpresas que valem a pena analisar.