Foto: Emerson Rocha/ Globo Esporte.com
Um vereador de Petrolina, em Pernambuco,
causou polêmica ao atribuir a seca do rio São Francisco a uma estátua
de Iemanjá colocada sobre pedras que ficam no leito, na fronteira da
cidade com Juazeiro, na Bahia. “Depois que colocaram a estátua, nunca
mais choveu em Petrolina”, disse Zenildo Nunes (PSB), ao defender que a
situação só seria resolvida após a retirada da imagem. Segundo o G1, com
a repercussão da expressão, o vereador defendeu que foi mal
interpretado e que o problema está na forma como a estátua foi
construída. “Não tenho nada contra a imagem e nada contra Iemanjá ou a
Mãe D’água, tenho carinho e respeito pelos devotos. Eu sou contra, da
forma como foi construída, como foi levada para o rio, porque ali foi
barro, foi cimento, areia. Pode ter um material que não se dá bem junto
com água. Acho que a imagem poderia ter sido construída em outro local,
próximo ao rio, mais não ali. Estamos em campanha de preservação do Rio e
o que eles levam para lá?”, argumentou Zenildo. Procurado, o autor da
obra, Lêdo Ivo, disse achar “engraçada” a afirmação. Francamente não dá
para interpretar de outro jeito, a não ser como uma piada. Eu nem queria
comentar, porque é irrisório. Não é uma crítica de arte, não é uma
crítica social. Sobre a forma como foi construída, levei ela pronta para
as pedras, que antes eram insignificantes, que ninguém prestava
atenção, mas hoje, as pessoas param para ver. Então, não teve essa
questão de degradação do rio”, explicou Lêdo, ao explicar que a obra
teve autorização da prefeitura.
Bahia Notícias